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KGM quer reescrever história da SsangYong com quinteto de modelos

Com quatro propostas SUV e uma pick-up se reescreve a história da falida SsangYong, agora denominada KGM, e representada em Portugal pela Astara.
Check-up Media KGM

Não uma, não duas, nem três ou quatro… são cinco as propostas da KGM em Portugal. Uma “mão-cheia” de modelos da marca sul-coreana que renasce das cinzas da SsanYyong – falida em 2022 – e promete reescrever uma história de sucesso no mercado nacional, provando, ao mesmo tempo, que nem só da China chegam novidades.

Durante a conferência de imprensa, Francisco Geraldes, diretor-geral da Astara – representante da KGM – salienta que “a entrada da KGM vem alargar, consideravelmente, o nosso portefólio no segmento líder em Portugal, que, atualmente, representa cerca de 45% do mercado de ligeiros de passageiros”.

E vai mais longe: “O Torres é uma proposta que tem todas as condições para obter sucesso, ao reunir um conjunto de argumentos muito valorizados no mercado nacional, ao mesmo tempo que inaugura uma era para a marca, com a introdução da versão EVX, totalmente eletrificada”, acrescenta o responsável.

A ofensiva da KGM assenta em quatro SUV – ciente da representatividade que este segmento tem no nosso país – e ainda uma pick-up, porque o histórico e a experiência da SsangYong nesta matéria assim o determina e aconselha.

Na apresentação nacional que deu o tiro de partida oficial da KGM Portugal, na região oeste, em redor de Torres Vedras, os jornalistas tiveram à sua disponibilidade o quinteto de novos modelos para um primeiro contacto dinâmico.

Check-up Media KGM Torres EVX

Maiores apreciações do Check-up sobre o comportamento em estrada dos novos KGM agora revelados ficarão reservados para posteriores ensaios, que permitam mais quilómetros ao volante, mas, para já, deixemos um aperitivo do que se pode esperar da marca.

Torres: pilar da gama

Não há como não começar pelo Torres, que encontra aqui a sua estreia. É nele que a KGM deposita as suas maiores expectativas. Um verdadeiro “ponta-de-lança desta etapa de afirmação da marca”, garantiram os responsáveis. Não seria muito diferente se o vissem como um pilar da gama.

As motorizações eleitas para o Torres contemplam uma versão a gasolina e ainda uma proposta 100% elétrica, designada Torres EVX, um modelo que representa a entrada da marca no domínio da eletrificação.

Com um comprimento a rondar os 4,70 metros e 1,89 metros de largura, exibe um design moderno. E, podemos afirmar, de linhas atraentes. O objetivo foi criar um SUV de forte personalidade e com “elementos mais nostálgicos (exibindo uma forte diferenciação dianteira entre as versões ICE e EVX)”, explica a marca, a propósito do modelo que se posiciona entre os segmentos C e D-SUV.

A variante 100% elétrica, Torres EVX, recorre a uma bateria de 73,4 kWh, que oferece uma autonomia de 505 km em ciclo urbano ou 460 km em ciclo combinado (WLTP) através de um motor com 152 kW (207 cv) e 339 Nm de binário. Com um carregador DC de 120kW, é possível restabelecer 80% da bateria em 37 minutos. 7h45 é o tempo necessário para carregar a totalidade da bateria com um carregador AC interno de 11 kW.

Check-up Media KGM Tivoli

Os dois níveis de equipamento desta versão elétrica – K3 e K5 – distinguem-se pela lista bastante completa desde a variante de entrada, que inclui, entre outros elementos, ecrã multimédia de 12,3’’ com navegação e painel de instrumentos digital com a mesma dimensão, ar condicionado automático bi-zona, jantes de 18’’, iluminação full-LED e cruise control adaptativo.

O K5 acrescenta o carregador sem fios para smartphone, bancos em pele (os dianteiros aquecidos e ventilados), jantes de 20’’, teto de abrir, portão traseiro elétrico e câmara com visão 360°, além de elementos de segurança adicionais, como o airbag de joelhos para o condutor.

Os preços do Torres EVX começam nos €45.900 do nível K3, sendo o preço de transação para empresas a rondar os €32.000 (+IVA) o fator de destaque.

A proposta a gasolina conta com um motor 1.5 turbo com 163 cv e 280 Nm, que traz acoplada uma caixa manual ou automática, em ambos os casos com seis velocidades. Disponível num único nível de equipamento, K4, tem como preço base os €37.500, partilhando a maior parte dos itens que compõem a lista de série da versão EVX. A variente automática acresce €2.500 a este valor.

Tivoli: como o teatro

Tem nome de teatro e promete estar em cena durante muito tempo. Ou não seja o segmento B deste SUV compacto uma das “peças” mais procuradas pelo público nacional. Conta com 4,22 metros de comprimento. E apresenta-se com uma única motorização, o motor 1.5 turbo a gasolina com dois níveis de potência: 135 cv, com caixa manual de seis velocidades, e 163 cv com caixa automática, também de seis relações.

Check-up Media KGM Korando

O Tivoli está disponível num único nível de equipamento – K3 – que inclui de série uma extensa lista de elementos de conforto e segurança. O preço arranca nos €25.950 e os responsáveis da marca acreditam que o Tivoli “é o modelo que apresenta melhor relação preço/potência do seu segmento, quando comparado com os concorrentes diretos com motores a gasolina”. Os próximos tempos dirão se é verdade e se terá direito a “aplausos”.

Korando: aposta C-SUV

O Korando entra diretamente para o segmento C-SUV. Com 4,45 metros de comprimento, este modelo está disponível no nível de equipamento K3 e conta (também) com o motor 1.5 turbo a gasolina.

Os níveis de potência? Dois: 149 cv quando associado a uma transmissão manual de seis velocidades; 163 cv quando traz acoplada caixa automática com o mesmo número de relações. Os preços iniciam-se nos €30.450 da versão de caixa de velocidades manual e sobem para os €32.350 da variante automática.

Rexton: topo de gama

Se o Torres será o ponta-de-lança da gama, o Rexton, por sua vez, ocupará a posição de topo da gama da marca. Trata-se de um SUV destinado ao segmento D, com sete lugares e dimensões generosas comprovadas pelos 4,85 metros de comprimento.

O preço é proporcional ao estatuto de topo de gama: inicia-se nos €58.900. Em Portugal, estará disponível apenas com um motor turbodiesel de 2,2 litros com 202 cv e 441 Nm, associado a uma caixa automática de oito velocidades, “o que o posiciona entre as propostas Diesel mais potentes do seu segmento”, recorda a marca.

Check-up Media KGM Rexton

No nível de equipamento único, K5, destaque para os sistemas multimédia e painel de instrumentos digital, ambos de 12,3’’, ar condicionado automático bi-zona com controlo traseiro, bancos em pele, barras de tejadilho, jantes de 20’’, iluminação full-LED, portão de bagageira e teto de abrir elétricos, airbags laterais traseiros e de joelhos para o condutor, entre outros, englobados numa extensa lista de equipamentos de conforto e segurança.

De referir, sempre a propósito, que o KGM Rexton beneficia de pagamentos de Classe 1 nas portagens quando equipado com dispositivo Via Verde.

Musso: o outsider

O Musso é o outsider do quinteto de modelos. O único que não abraça o segmento dos SUV. De resto, a pick-up é uma aposta assumida da KGM. E a explicação é bastante simples: trata-se de um segmento “cuja forte procura se traduz num crescimento de 36% no último semestre face ao mesmo período de 2023”, sublinha a marca.

“A gama Musso, apenas com carroçaria de cabine dupla, articula-se em versões orientadas para o lazer e para atividades mais profissionais”, enquadra a KGM. A propulsão conta com uma unidade turbodiesel de 2,2 litros com 202 cv, que “prima pelo seu baixo ruído e suavidade, posicionando, claramente, a Musso entre as propostas mais potentes do seu segmento”, assegura.

O binário é de 400 Nm quando associado a uma caixa manual de seis velocidades, subindo para 440 Nm quando traz acoplada caixa automática com igual número de relações. Comum a todas as versões é ainda o sistema Part-time 4WD, que conta com um diferencial autoblocante para ultrapassar terrenos mais exigentes.

“A Musso, orientada para o lazer, destaca-se por apresentar uma solução inédita no segmento, uma caixa de carga curta de apenas 1,3 metros de comprimento, o que lhe confere um aspeto vincadamente desportivo”, defende a marca.

Check-up Media KGM Musso

A suspensão traseira é independente, um exclusivo nesta classe de veículos, que garante maior conforto e manobrabilidade. Já as versões de trabalho, oferecem a caixa de carga com a maior volumetria do seu segmento, suportando até 1.085 kg de carga útil, recorrendo, para tal, à mais tradicional configuração com molas de lâmina para a suspensão traseira.

O equipamento de série é um dos “fortes argumentos da Musso”. O nível K3, destinado às versões de trabalho, já contempla itens de classe superior, como um tablier com revestimento suave onde se encontram o sistema de infoentretenimento de 12,3’’ (com navegação e conectividade Android Auto e Apple CarPlay) e o painel de instrumentos digital com a mesma dimensão.

As jantes de liga leve de 17’’, os sensores de estacionamento traseiro, as luzes diurnas de LED e a ampla lista de equipamentos de segurança também merecem destaque.

O nível K5, atribuído às versões de lazer, contempla um habitáculo de elevado conforto para os ocupantes, incluindo equipamentos como ar condicionado automático bi-zona, bancos em pele e tecido (os dianteiros aquecidos e ventilados) e volante em pele. No exterior, sublinhe-se a presença das jantes de 18’’, barras de tejadilho e faróis dianteiros de LED.

“Um posicionamento comercial de destaque para a Musso foi, também, um dos pontos desenvolvidos pela Astara, apresentando este modelo dos valores mais competitivos entre toda a concorrência direta”, afirmam os responsáveis. Os preços? Com caixa manual e lotação de três lugares, as versões K3 e K5 partem, respetivamente, dos €32.150 e €35.365, acrescidos de IVA.

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