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“Em criança já gostava de cuidar das minhas motos de cross”, diz Miguel Barbosa

Campeão Nacional de TT, por oito vezes, começou cedo a meter as mãos na mecânica das suas motos. Uma experiência útil na sua carreira de piloto.
Check-up Media Miguel Barbosa

Miguel Barbosa é um nome que dispensa apresentações quando o assunto é competição automóvel. Basta referir que o convidado da Oficina Vip tem uma carreira repleta de vitórias e êxitos, dos quais não será um pormenor as oito vezes que foi consagrado Campeão Nacional de Todo-o-Terreno.

Mas de que se orgulhará mais o piloto em todo o seu longo e bem-sucedido percurso? “Acima de tudo, de ter feito coisas inéditas, de ter alcançado metas que mais ninguém alcançou. Encaro cada ano como se fosse o primeiro. Preocupo-me em dar retorno aos meus patrocinadores, em abraçar projetos inovadores e em vencer, claro, sempre”, garante Miguel Barbosa.

No final de 2014, o piloto inaugurou uma oficina em nome próprio, com o objetivo de trabalhar projetos pessoais e desenvolver protótipos. Uma aventura muito positiva, mas que teve o seu tempo.

“Sim, tivemos uma oficina própria, mas já não temos. Associámo-nos à Sports & you, que dispensa apresentações. Ter uma oficina foi uma experiência ótima, deu para tomar total consciência de como funciona um espaço como este, de ‘A a Z’. Foi muito enriquecedor, nesse sentido, mas só os meus projetos não eram suficientes e, portanto, esta foi a decisão mais correta”, reconhece o piloto à Oficina Vip.

Segundo Miguel Barbosa, a carreira de piloto está intimamente ligada à oficina. “É importante conhecer o seu funcionamento porque anda sempre de braço dado com o desporto motorizado, dá-nos uma visão mais completa deste desporto e eu defendo que nós temos de conhecer as várias vertentes do meio em que estamos inseridos”, explica o piloto.

A primeira vez que colocou as mãos na mecânica de um carro ficou marcada para sempre. “Desde criança que tenho gosto pela mecânica. Gostava de tratar das minhas motos de cross, passava noites e noites de volta delas”, revela.

“Por outro lado, acaba, também, por ser obrigatório termos conhecimentos mecânicos. Tive cursos nesse sentido, acaba por ser uma necessidade. O Rali Dakar é um ótimo exemplo disso: é uma competição que exige que nos saibamos desenrascar sozinhos e tratar, em certos casos, da mecânica da nossa máquina. Por isso, para mim, é aliar uma necessidade a um prazer, a algo que gosto muito”, diz.

Hoje em dia, já não se envolve tanto nos serviços de mecânica. “Se bem que é uma parte que gosto sempre de acompanhar: a parte técnica, a mecânica. Se há algum problema, tentar perceber a sua origem e como poderemos resolvê-lo. Na minha ótica, é algo fundamental para podermos evoluir enquanto pilotos e poder melhorar a nossa preparação e a nossa condução”, acrescenta Miguel Barbosa.

Check-up Media Miguel Barbosa helmet
Competição parada

A pandemia não poupou ninguém. Nem a competição automóvel. “Este último ano e meio foi muito difícil para mim, tal como foi para toda a gente. Felizmente, em termos de saúde passámos todos bem, mas a atividade profissional esteve parada. A dada altura, o desporto motorizado acabou por ser considerado de baixo risco, tendo, depois, sido das primeiras atividades desportivas a retomar, o que foi muito importante para nós”, enfatiza.

“Acabou por minimizar os impactos e, agora que a pandemia parece estar a acalmar e mais controlada, há que colocar os olhos no futuro”, conta Miguel Barbosa, que se confessa feliz com o sentimento da vida estar a regressar à normalidade. “É bom sentir que o calendário desportivo está de pé, que o público também está a regressar. Está a ser bom para o desporto, para a economia, para o país, para todos”.

Na estrada, no dia a dia, Miguel Barbosa nada tem de piloto. E nem sequer tem um automóvel fixo. “Tenho uma parceria com a Hertz e vamos variando de carro. Depende dos que estão disponíveis e do que lhes pode dar mais ou menos jeito na altura”, revela.

“Fora das competições sou um condutor normalíssimo, sei perfeitamente os limites e onde estou. Sei que os locais onde posso acelerar são os percursos das corridas e não na estrada. Estou perfeitamente ciente disso. Confesso que não gosto nada de ficar preso trânsito e tento ao máximo evitar horas de ponta para não estar parado”, confidencia o piloto à Oficina Vip.

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