Faltam menos de dois meses para a abertura de portas do expoMECÂNICA 2023 (entre os dias 14 e 16 de abril, na EXPONOR, Porto). Uma edição que promete ficar para a história como a maior dos seus nove anos de existência.
A azáfama da organização é proporcional ao número de expositores. Sempre em crescendo. Centenas de contactos e de reuniões, de decisões de última hora e uma vontade de fazer sempre diferente e melhor.
Um “desafio permanente”, como explica ao Check-up Sónia Rodrigues, responsável da Kikai Eventos e diretora comercial do expoMECÂNICA, numa entrevista em que garante que, no final, todas noites sem dormir terão sido “compensadas”. Ou não seja esta uma equipa “apaixonada por eventos”.
Como são vividos na Kikai Eventos os últimos dois meses antes do expoMECÂNICA 2023?
São vividos, sem dúvida, a uma velocidade ainda mais acelerada. Depois de meses de idealização e planeamento, entramos numa fase de quase abertura de portas. São, pois, dias muito intensos, sem hora para terminar, mas no final muito compensadores.
Imagino que estejas num ciclo intenso de reuniões…
É, de facto, uma espiral de reuniões que parece não ter fim. A realização de um evento como o Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto veio tornar ainda mais desafiante o nosso dia a dia profissional. Somos, constantemente, postos à prova, procurando a cada momento fazer mais e melhor. A entrega é total em cada etapa do expoMECÂNICA.
Qual é a parte mais difícil de organizar um evento como o expoMECÂNICA?
Somos uma equipa apaixonada pelos eventos. Movemo-nos nesta área há vários anos e alguns de nós há mais de duas décadas. Corre-nos, pois, nas veias a paixão por esta área. Acreditamos que quem trabalha neste setor só poderá fazê-lo desta forma e em todas as fases do processo.
O expoMECÂNICA é um acontecimento que incorpora muitas experimentações presenciais e com muitos momentos de networking. Estamos a falar de um evento com uma grande componente de formações e interações, com forte adesão e uma excelente taxa de participação. Temos de manter esta dinâmica ativa. Este constitui, talvez, o grande desafio da feira a cada edição.
E a mais fácil?
O que era difícil dilui-se na confiança que conquistámos no setor da reparação, manutenção e pós-venda automóvel, tornando, assim, tudo mais fácil.
A organização da feira varia muito de edição para edição?
De repente, já passaram nove anos desde a primeira edição. Tudo mudou. Somos praticamente os mesmos, mas estamos mais eficientes perante os desafios inerentes à organização de um evento como o expoMECANICA. Mantemos, contudo, o mesmo espírito aberto, auscultando sempre tudo e todos à nossa volta. Expositores, visitantes, parceiros associativos e imprensa.
Quando sentimos que todos estão connosco, percebemos que temos a responsabilidade de continuar a procurar ir mais além. Só desta forma é que conseguimos encontrar novos caminhos e novas formas de surpreender a cada edição.
Como estão as empresas a aderir à edição deste ano? Podemos esperar um recorde em termos de expositores?
A exposição terá mais um pavilhão, fruto do crescente interesse pela feira e devido aos excelentes resultados alcançados na edição de 2021. Quando abrirmos as portas do expoMECÂNICA 2023, em abril próximo, a exposição ocupará quatro pavilhões da EXPONOR – Feira Internacional do Porto. Será a maior feira de sempre.
Mantemos, assim, a linha de crescimento, acrescentando 8.000 m2 à área expositiva (no total, 24.000 m2) e com quase 300 expositores, bem acima de 2019, o nosso melhor ano, com 254. E tudo isto acontece pelo percurso sustentado da feira e porque o setor se revê nela.
Qual a percentagem esperada de expositores internacionais?
Construímos a feira referência do setor nacional e estamos a dar resposta a um mercado mais amplo. São, sobretudo, as empresas espanholas que estão a ocupar mais espaço no salão. Este posicionamento ibérico resulta, sobretudo, da alteração da periocidade da feira e da ampliação do espaço para mais um pavilhão.
As empresas espanholas olham para o expoMECÂNICA como a feira referência do setor em Portugal. Os nossos planos incluem uma internacionalização sustentada, especialmente no espaço ibérico. Mas não só. É compensador dizer que, neste momento, temos 20% de participação estrangeira na feira, representada por 12 países.
Onde colocas o expoMECÂNICA no panorama das feiras internacionais dedicadas ao aftermarket automóvel?
Colocamos a nossa feira ao mesmo nível das feiras internacionais dedicadas ao aftermarket automóvel, exceto, como já tivemos oportunidade de referir, no que diz respeito à própria escala do país.
Ver e ser visto (fisicamente) continua a ser essencial? Ou é ainda mais essencial depois de uma experiência como foi a pandemia?
O presencial mantém o seu espaço, podendo ser reforçado e complementado por iniciativas digitais. A edição deste ano continuará a desempenhar um papel importante na recuperação do setor.
Todas as empresas que marcarem presença nesta 8.ª edição terão a possibilidade de reforçar a sua presença no mercado. Torna-se, pois, fundamental, sobretudo após a pandemia, participarem no acontecimento mais importante do aftermaket ao nível nacional. Depois, só em 2025 voltarão a reunir-se na montra mais representativa do setor.
O que fará a diferença, este ano, face à edição de 2021, ainda muito “dominada” pelo espectro da covid-19?
O período pandémico colocou o tecido empresarial à prova e vimos a excelente resposta que foi dada na feira de 2021. Acreditamos, por isso, que esta edição refletirá um setor ainda mais confiante, preparado e decidido a fazer a diferença no pós-venda nacional.
Sentimos o entusiasmo e a taxativa resposta do tecido empresarial do setor face ao crescimento da área de exposição, do número de expositores nacionais e internacionais e do número de países representados.
Há um enorme otimismo da equipa do expoMECÂNICA e acreditamos estarem reunidos todos os ingredientes para um grande sucesso de visitantes e negócios.
