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“Precisamos de muita paciência, curiosidade e vontade de melhorar nesta viagem”, diz Rita Loureiro

Atriz confessa que já foi um pouco acelera ao volante, mas que “abrandou” quando foi mãe. De visita à Oficina Vip, aconselha “paciência” na viagem da vida.
Check-up Media Rita Loureiro

Se trocarmos estradas por palcos e personagens, Rita Loureiro conta já muitos quilómetros na viagem da representação. Começou muito nova, no teatro, em 1989, com a peça “A Ilha do Oriente”, da Fundação Calouste Gulbenkian, e, hoje, são mais de 30 as estreias que viveu.

Na sétima arte, protagonizou ou participou em perto de outras 30 obras. Vimo-la em “O Delfim”, de Fernando Lopes (2003), e em “Vai e Vem”, de João César Monteiro (2003), para dar apenas dois exemplos, entre tantos.

Mas muitos conhecerão a nossa convidada da Oficina Vip pelos seus multifacetados papéis no pequeno ecrã. Desde telenovelas, como “Fúria de Viver” e Poderosas”, ambas na SIC, a séries, como “Conta-me Como Foi”, na RTP 1.

“Na Porta ao Lado”, projeto da parceria entre a OPTO e a APAV, é o seu mais recente trabalho televisivo. Um papel duro, onde encarna uma vítima de violência doméstica distinta dos cânones habituais. Comecemos por aqui.

“Este projeto televisivo sobre violência doméstica foi muito interessante, porque, neste episódio em que participei, se fala de violência doméstica numa franja social onde a maioria das pessoas pensa que não existe tal coisa”, adianta Rita Loureiro à Oficina Vip.

“Mas, na verdade, existe e de forma muito disfarçada. É uma forma mais elegante, digamos, que, à partida, não deixa marcas visiveis, mas que é, igualmente, grave, humilhante e castradora”, sublinha a atriz. E completa: “A manipulação da autoestima, que leva a uma anulação e à falta de identidade, é de uma violência terrível. Foi muito importante ter tido várias conversas com a autora, que, também, realizou o telefilme, a Cláudia Clemente”.

Redefinir o tempo

Rita Loureiro tentou aproveitar a pandemia para atribuir outra dimensão aos minutos, horas e dias. “Veio desafiar a minha noção de tempo. Fez-me pensar na nossa finitude de uma maneira muito mais constante e presente”, admite.

Mas essa reflexão teve um lado positivo. “Tentei estar muito mais com as pessoas de quem gosto muito e que sempre fizeram parte da minha vida. Mesmo que não pudesse ser ‘ao vivo’, havia mais disponibilidade para conversas ao telefone ou mesmo por zoom”, explica.

Houve ainda tempo para procurar encontrar novas veias artísticas. “Tentei espicaçar a minha falta de talento para a  pintura, mas sem resultados satisfatórios”, reconhece Rita Loureiro, que também não resistiu, como a maioria dos confinados mundiais, a ver “muitas séries na Netflix”.

Aos poucos, a normalidade tem regressado. Mas a perspetiva talvez tenha mudado. “Hoje em dia, está em constante mutação. Por isso, esse regresso também está a ser construído diariamente. Precisamos todos de aprender, todos os dias, a dar valor à vida e à dignidade que todos merecem”,  preconiza.

Check-up Media Rita Loureiro red
Abrandar velocidade

Voltemos às viagens e à velocidade a que tudo se passa. “Temos de ter muita paciência, curiosidade e vontade de melhorar nesta viagem”, diz Rita Loureiro, que aprecia o lado prático de conduzir o seu Mini One D – que não anda “arrumadinho”, mas também “não serve de mais uma divisão da casa”.

E confidencia, sem rodeios. “Sou uma condutora muito tranquila, mas já fui um pouco acelera. Desde que fui mãe, deixei-me disso”, afirma a atriz, que não tolera “egoísmos e falta de educação”. Nem na estrada…

Para mecânica, é que não contem com Rita Loureiro. Levar o automóvel à oficina, tudo bem, mas sujar as mãos de óleo, só mesmo se tal estiver escrito num eventual guião cinematográfico. “Não percebo nada, mas acho que consigo perceber se o carro está a fazer algum barrulho estranho! E se tenho um pneu furado, sim, preciso de ajuda”, confessa.

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