A Arnott é representada em Portugal pela Pro4matic. Ou, melhor dizendo, a “cara” da Arnott no nosso país é a Pro4matic. O que têm ambas em comum? A “paixão” por suspensões pneumáticas, área onde as duas empresas são especialistas.
Enquanto a Arnott se encarrega da engenharia, conceção e fabrico de componentes de elevada qualidade para suspensões pneumáticas destinados ao aftermarket, a Pro4matic distribui-os em Portugal (foles pneumáticos, amortecedores, compressores, kits de conversão, acessórios) e efetua a sua montagem no evoluído (e atraente, diga-se) Air Suspension Center de que dispõe, localizado em Montemor-o-Velho.
Os produtos da Arnott são produzidos com componentes OE de elevada qualidade, oferecendo forma, encaixe e função perfeitos. Cada produto é exaustivamente testado nas instalações norte-americanas e europeias da Arnott, facto que lhe permite ajustar cada produto à marca e ao modelo específico do veículo antes de ser produzido.
Hoje, cerca de 5% de todos os automóveis novos de passageiros estão equipados com suspensão pneumática de origem. E este número tem vindo a aumentar. No início, a suspensão pneumática era proposta apenas em modelos de topo. Mas, nos últimos anos, também “chegou” aos veículos de passageiros de gama média.
Essa mudança foi impulsionada pela crescente exigência por parte dos clientes em relação a segurança, estabilidade e, acima de tudo, conforto de condução. Quando combinados, estes três aspetos são algo que a suspensão pneumática oferece de melhor.
Taxa da mola
Para melhor compreender por que motivo pode a suspensão pneumática oferecer a melhor combinação entre segurança, estabilidade e conforto de condução, convém aprofundar a tecnologia de suspensão e a influência da designada taxa da mola no comportamento do veículo.
A taxa da mola é facilmente definida como a força necessária para comprimir uma mola. A relação entre a taxa da mola e o peso do veículo define a afinação deste, em conforto e performance, por exemplo.
Regra geral, uma suspensão firme confere maior estabilidade, mas parece um pouco dura e desconfortável, ao passo que uma suspensão mais macia proporciona maior conforto, mas a estabilidade do veículo diminui. As molas convencionais têm sempre de chegar a um compromisso entre esses dois extremos.
A relação entre o peso do veículo e a taxa da mola altera-se quando o peso aumenta. Imagine-se um veículo cheio de passageiros e bagagens quando se parte para férias. Esta carga extra faz aumentar o peso do veículo.
Neste caso, é necessária uma adaptação da taxa da mola de modo a manter os movimentos da carroçaria (oscilações) do veículo em movimento na mesma taxa.
Quando isso acontece, com sucesso, estabelece-se aquilo a que se chama uma experiência de condução independente da carga. Num veículo equipado com suspensão pneumática, a adaptação da taxa da mola deve-se ao comportamento progressivo da mola pneumática e à alteração da pressão de ar dentro da mesma.
As molas convencionais não têm a mesma “flexibilidade” do que uma mola pneumática. Portanto, não conseguem proporcionar o mesmo conforto e igual nível de estabilidade.
Controlo do nível de altura
Com uma configuração de suspensão de molas convencionais, o chassis fica mais próximo do solo em condições de carga pesada. O que encurta o curso do amortecedor e é mais do que provável que faça com que o veículo “afunde” em estradas irregulares ou quando circula por superfícies desniveladas (por exemplo, buracos).
Além disso, o alinhamento das rodas é afetado, o que tem um efeito negativo no desgaste dos pneus, na aderência à estrada e leva a que o veículo possa reagir de forma menos ágil em estradas esburacadas (onde a superfície está gasta ou danificada).
Um sistema de suspensão pneumática está equipado com sensores de ajuste do nível de altura em ambos os eixos, responsáveis por manter o veículo nivelado, além de desempenharem outras funções.
Esses sensores de altura captam as alterações indesejadas na superfície da estrada e o sistema aumenta, automaticamente, a pressão de ar na mola pneumática para “trazer” o veículo de volta ao seu nível original. O veículo não “afundará” mais e o desgaste dos pneus e a aderência à estrada tornam-se mais consistentes.
Outras vantagens
Os sistemas de suspensão pneumática podem, também, contribuir para reduzir o consumo de combustível. Em autoestrada, a pressão do ar dentro da mola pneumática diminui, reduzindo a altura da carroçaria ao solo, diminuindo o coeficiente aerodinâmico do veículo e baixando o consumo de combustível.
Outro benefício inerente à suspensão pneumática diz respeito ao facto de isolar naturalmente os passageiros das irregularidades da estrada, proporcionando uma viagem suave e confortável. A maioria dos proprietários de automóveis afirma, aliás, que esta é a maior vantagem de conduzir um veículo equipado com suspensão pneumática.
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