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Exportações de componentes mantêm queda face a 2019

Quando comparadas com o mês de maio de 2019, as exportações de componentes para automóveis registaram, de acordo com a AFIA, uma queda de 1,4%.

O valor das exportações de componentes para automóveis registou, em junho deste ano, uma queda de 1,4% face ao mesmo período de 2019, revela a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), em comunicado.

“É importante referir que as vendas, para o mês de junho, de componentes para automóveis para o exterior mantiveram o movimento descendente pelo terceiro mês consecutivo mostrando. No entanto, evidenciaram uma melhoria em relação aos meses anteriores: abril (-0,3%); maio (-21%) e junho (-1,4%). Assim, em junho as exportações de componentes para automóveis ficaram-se pelo 705 milhões de euros”, acrescenta a associação.

Já no acumulado até junho de 2021, as exportações atingiram os 4.837 milhões de euros, o que representou uma diminuição de 3,6% relativamente ao período homólogo de 2019. Ou seja, no primeiro semestre de 2021, as vendas ao exterior estiveram 183 milhões de euros abaixo do verificado em igual período de 2019.

Em termos de países destino das exportações de janeiro a junho de 2021 e face ao mesmo período de 2019, Espanha manteve a primeira posição, com vendas de 1.408 milhões de euros (+5%), seguida da Alemanha, com 976 milhões de euros (-6,5%), e, em 3.° lugar, surge a França, com um registo de 591 milhões de euros (-21,1%).

No que se refere às exportações para o Reino Unido, totalizaram 238 milhões de euros (-43,7%). No total, estes quatro países concentraram 66% das exportações portuguesas de componentes para automóveis.

“Note-se ainda que as vendas de automóveis na Europa, principal destino dos componentes fabricados em Portugal, quando comparadas com o ano de 2019, situaram-se 23% abaixo, o que significa que, no primeiro semestre de 2021, venderam-se menos 1,9 milhões de automóveis face ao período homólogo de 2019”, sublinha a AFIA.

E acrescenta: “É relevante voltar a assinalar a boa performance da indústria portuguesa de componentes para automóveis, que, num ambiente bastante adverso, conseguiu aumentar a sua quota de mercado e atingir níveis próximos da pré pandemia de covid-19, o que confirma, uma vez mais, a resiliência desta indústria. Enquanto o mercado automóvel na Europa está a cair 23%, as exportações portuguesas de componentes para automóveis ´apenas’ desceram 3,6%”.

A situação continua muito instável e a ser muito influenciada pela situação da pandemia, pela escassez de semicondutores e componentes eletrónicos, que está a afetar a atividade dos construtores de automóveis. “Algumas fábricas na Europa atrasaram ou tiveram mesmo de parar, temporariamente, a produção por falta de chips, pelo que esta situação também está a afetar, obviamente, a indústria portuguesa de componentes para automóveis, dadas as paragens na produção dos seus clientes”, afirma a AFIA.

A todos estes aspetos, “juntamos ainda a falta de matérias-primas (aço, componentes metálicos, polímeros, borracha) ou os atrasos no seu fornecimento, aliado ao aumento substancial dos preços das mesmas, o que está, igualmente, a condicionar fortemente a atividade das empresas da indústria de componentes para automóveis”.

O Brexit continua a atingir negativamente as exportações: desde 2017 que as exportações para o Reino Unido estão em queda, tendo passando dos 546 milhões de euros para os 239 milhões de euros no acumulado até junho de 2021, o que representou uma descida de 56%.

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