“Um acoplamento de reboque num carro é uma coisa boa. Se houver algo maior para transportar pela casa ou jardim, um trailer pode ser atrelado à traseira do veículo em pouco tempo. Um porta-bicicletas também é montado rapidamente”, começa por explicar a DEKRA.
No entanto, os especialistas da empresa alertam para as consequências: “Colocar muita pressão no engate de reboque pode facilmente levar a danos no próprio acoplamento, mas, também, no veículo de reboque como um todo”.
A ligação entre o carro e o reboque tem de suportar muita coisa. “Ao acelerar, travar, subir e descer estradas pronunciadas, fortes forças são aplicadas – devido à massa rebocada, vibrações, ventos cruzados e muito mais. Para garantir que os engates de reboque possam suportar tais tensões, são submetidos a extensos testes dinâmicos num banco de ensaio antes da aprovação”, explica a DEKRA.
Valores máximos de reboque e carga
Mas o que podem os condutores esperar que um acoplamento de reboque resista? “Pontos de referência importantes são a carga admissível do reboque e a carga na barra de tração com a qual um reboque atua no acoplamento. Quem conduz um veículo rebocado é responsável pelo cumprimento dos valores máximos indicados nos documentos de matrícula para o acoplamento do veículo e do reboque”, afirma. Os especialistas da DEKRA também recomendam fortemente que “as instruções no manual de operação do acoplamento sejam seguidas à risca”.
Os especialistas advertem ainda contra o carregamento do engate do reboque mais pesado do que o permitido nos documentos. “Por exemplo, se for usado para puxar um tronco de árvore do chão ou arrastar troncos de madeira, poderá sobrecarregar facilmente o engate. Esse uso indevido pode levar a um desgaste excessivo ou mesmo danos permanentes, como fissuras ou deformações. Com o uso posterior, existe o risco de falha repentina”, alerta.
O dispositivo de reboque também não resiste facilmente a uma colisão traseira. “Em particular, um impacto pontual com elevados picos de força pode causar danos consideráveis ao acoplamento e à suspensão. Muitas vezes, torna-se necessário substituir o acoplamento do reboque. Portanto, é aconselhável que os danos sejam avaliados por uma oficina ou especialista qualificado”, refere a DEKRA.
Verifique antes das férias
Os acoplamentos de reboque são muito usados durante a temporada de viagens, por exemplo, para rebocar uma caravana ou transportar bicicletas num suporte traseiro.
Para evitar avarias na viagem de férias, os especialistas da DEKRA recomendam “verificar minuciosamente o acoplamento antes do início da viagem de acordo com as instruções do manual do proprietário”. Atenção especial deve ser dada aos cinco pontos seguintes.
O acoplamento de reboque deve assentar no suporte sem folga quando montado, mesmo sendo sacudido com firmeza. “Em alguns modelos, deve ser bloqueado e a chave removida. Em variantes mais modernas, um estado desbloqueado é indicado no painel de instrumentos. Se a barra de bola não estiver devidamente travada, há risco de acidente”, afirma.
“O estado da tomada do reboque e a ligação elétrica ao reboque ou transportador também fazem parte da verificação. Os sistemas de iluminação funcionam? Isso é ainda mais importante se forem usados adaptadores ou extensões de cabo”, explica a DEKRA.
“Se uma caravana estiver equipada com um dispositivo de estabilização, devem ser observadas as instruções no manual de instruções do reboque sobre a força de aperto necessária”.
A verificação também inclui uma inspeção das guarnições de fricção do estabilizador. “Estes não devem estar sujos, contaminados com lubrificante ou desgastados. Na maioria dos casos, marcas de desgaste nas guarnições de fricção são visíveis e indicam o estado de desgaste”, aconselha.
“Também é importante verificar se o cabo de separação está devidamente enganchado no olhal previsto para o efeito no engate do veículo trator. Isso garante uma certa segurança residual no caso de uma possível separação do veículo trator”, conclui.
Mais sobre a DEKRA aqui.
