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Portugueses desconhecem benefícios dos elétricos

De acordo com o Observador Automóvel 2024, a maioria dos portugueses diz não estar bem informada sobre vários temas relacionados com veículos elétricos.
Check-up Media electric vehicle

A compra de um carro é um investimento significativo para a maioria dos cidadãos. Porém, o processo de compra pode ser difícil, uma vez que há vários fatores a ter em consideração e a informação é valiosa para tomar boas decisões.

“Porém, como mostram os resultados do Observador Automóvel 2024, estudo realizado pelo Cetelem, marca comercial do Grupo BNP Paribas Personal Finance, os portugueses dizem não estar bem-informados sobre a maioria temas: dos novos regulamentos relativos às motorizações e à circulação (52%), aos preços (45%) e sobre as novas marcas (43%)”, começa por revelar o comunicado.

“Por outro lado, em sintonia com a média europeia, é nas novas tecnologias que os portugueses (66%) demostram estar mais a par da informação (novos tipos de motorização, energia e veículos conectados)”, refere.

Segundo indica, “a desinformação também abrange os apoios do Estado, como, por exemplo, no que respeita à aquisição de veículos elétricos. Em Portugal, enquanto os particulares podem receber um incentivo de €4.000, para as empresas esse valor chega aos €6.000, ficando estas, também, isentas do pagamento do IVA”.

No mesmo documento, pode ler-se: “No entanto, 51% dos portugueses assume não saber quais os benefícios disponíveis. Além disso, 56% defende que estas medidas não correspondem às necessidades dos automobilistas e as opiniões dividem-se quando a questão é se estas medidas se irão manter (50%) ou desaparecer (50%) no futuro. Por fim, entre os que os conhecem, 42% refere que o montante dos apoios se irá manter no mesmo nível”.

Check-up Media electric car sign

E vais mais longe: “Quanto às marcas, 96% dos portugueses revela ter uma boa opinião sobre as insígnias de origem europeia. Também as marcas japonesas (90%) e as norte-americanas (79%) gozam de uma boa reputação junto dos consumidores”.

Falta de informação é transversal

Desengane-se quem pensa que são os portugueses os únicos a assumir não estar bem informados quanto ao setor automóvel. Apesar de vivermos na era da informação, de um modo geral, os países europeus revelam uma falta de conhecimento sobre a maioria dos temas.

“O Japão apresenta um nível de desinformação muito superior ao de todos os outros países onde se realizou o estudo do Observador Cetelem, com pontuações que ultrapassam, sistematicamente, os 70%”, dá conta o comunicado.

“É, igualmente, de referir que as mulheres, os idosos e as pessoas com rendimentos mais baixos são mais suscetíveis de se declararem mal informados. Por exemplo, uma em cada duas pessoas aponta, em primeiro lugar, a falta de informação sobre os novos regulamentos relativos às motorizações e à circulação”, desenvolve.

Mais: “Em segundo lugar, a informação sobre as novas marcas não convence 48% das pessoas inquiridas. Em proporções quase iguais, os automobilistas consideram que não dispõem de todos os dados necessários sobre a evolução dos preços (45%)”.

Check-up Media electric car charge

“A informação associada às tecnologias também, à semelhança dos resultados portugueses, parece ser aquela que é mais bem comunicada: apenas quatro em cada 10 pessoas afirmam estar mal-informadas sobre este assunto”, revela.

Segundo o Observador Automóvel 2024, “sobre os apoios em cada país, para ajudar na transição para os veículos elétricos, oito em cada 10 pessoas consideram-nas indispensáveis, mas mais de sete em cada 10 consideram-nas muito confusas”.

55% considera que os montantes são adaptados às suas necessidades, enquanto 45% chega a afirmar que são demasiado elevados. Por último, apenas uma em cada cinco pessoas pensa que estas medidas continuarão a existir e prevê que venham a diminuir.

O dobro dos inquiridos (37%) espera que aumente e 45% considera que o montante se manterá inalterado. Em relação à escolha das marcas, as europeias também são aquelas que beneficiam de melhor reputação: a sua imagem é positiva para nove em cada 10 pessoas.

As marcas japonesas reúnem 82% de opiniões favoráveis. Já as marcas americanas, ocupam o terceiro lugar nesta classificação, com uma pontuação de 73%, e o país que ocupa a quarta posição é a Coreia do Sul, com 63% de opiniões favoráveis.

Apesar de ser o primeiro fabricante mundial no setor automóvel, a China não usufruiu de bom reconhecimento, com pouco menos de uma em cada duas pessoas a ter uma opinião favorável sobre as marcas de origem no país.

Mais sobre o Observador Cetelem aqui.

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