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Volkswagen diz que crise de microchips deve durar até 2024 mas aumentou entrega de elétricos

Marca alemã prevê que problemas na cadeia de fornecimento de semicondutores para a indústria automóvel demore mais dois anos. No entanto, a sua ofensiva elétrica global subiu 65%.

A crise provocada pela falta de microchips tem sido devastadora para a indústria automóvel, equiparando-se, segundo os analistas, aos prejuízos provocados pela pandemia de covid-19. E a sua resolução ainda deverá demorar, embora, pela primeira vez, já haja quem comece a prever a data do início do fim deste problema.

É o caso de Arno Antlitz, diretor financeiro do Grupo Volkswagen, que, em entrevista, avança com a teoria de que a escassez dos chips só conhecerá uma “ligeira melhoria” no próximo ano.

“A situação deverá melhorar em 2023, mas o problema estrutural não deverá estar totalmente resolvido”, diz, apontando, para 2024, a data em que os problemas  eletrónicos estejam resolvidos.

O Grupo Volkswagen já suspendeu a produção em várias fábricas, tanto na Alemanha como noutros países, devido não só à crise dos semicondutores, mas, mais recentemente, por falta de cablagens provenientes da Ucrânia.

À margem da leitura de Arno Antlitz, o grupo alemão anunciou que continuou, com sucesso, a sua ofensiva elétrica global no primeiro trimestre deste ano, tendo aumentado em 65% as entregas de veículos totalmente elétricos em relação ao período homólogo do ano anterior.

Segundo revela, em comunicado, “apesar das dificuldades nas entregas de semicondutores, fizemos chegar 99.100 modelos BEV a clientes até final do passado mês de março, em comparação com os 60 mil registado no primeiro trimestre do ano anterior”.

O maior aumento verificou-se na China, onde 28.800 clientes receberam um BEV fabricado por uma marca do grupo, ou seja, quatro vezes mais do que em igual período de 2021.

Check-up Media VW ID.3

Em termos de entregas BEV por região, a Europa manteve-se na liderança, com 58.400 veículos (quota de 59%) nos primeiros três meses. Nos EUA, o grupo entregou 7.900 modelos BEV aos clientes, o que correspondeu a 8% das suas entregas globais de BEV.

Na China, foram entregues 28.800 BEV até final do passado mês de março, ou seja, quatro vezes mais do que nos primeiros três meses de 2021. O que representou 29% das entregas BEV do grupo em todo o mundo.

No final de março de 2022, a “marca central” Volkswagen entregou 53.400 BEV a clientes (quota de 54%). Seguiu-se a Audi, com 24.200 veículos (24%), a Porsche, com 9.500 veículos (10%), a Škoda, com 8.800 veículos (9%) e a SEAT/CUPRA, com 2.200 veículos (2%).

Mais sobre a Volkswagen aqui.

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