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IVECO: do camião elétrico ao primeiro concept truck da Europa

Para comemorar o 75.° aniversário da Pegaso, a IVECO disponibiliza um kit completo de personalização para o modelo S-Way, que inclui acabamentos específicos e produtos comemorativos.

A marca Pegaso celebra 75 anos. E a sua lenda continua viva. A IVECO conta, no seu ADN, com experiência, know-how, inovação e procura contínua de um trabalho bem feito, que sempre foram os sinais da identidade da Pegaso. Por isso, nesta data especial, decidiu integrar no novo S-Way o espírito desta lendária marca.

Volvidos todos estes anos e percorridos milhares de quilómetros em conjunto, a mesma paixão e força que caracterizou a Pegaso mantém-se dentro de todos os elementos da IVECO.

Um sentimento que se prolonga, agora e também, para o modelo S-Way com cabina AS, que poderá exibir a icónica imagem da Pegaso fruto de um completo kit de personalização que inclui vinis para a carroçaria, placas para o exterior e tablier com logo comemorativo do 75.° aniversário, almofada protetora para o cinto de segurança e pack de produtos comemorativos.

“Este ano, alcançamos um feito importante na história da IVECO, que nos dá a oportunidade de recordar e celebrar o impressionante legado de inovação, realizações revolucionárias e espírito pioneiro da lendária marca Pegaso”, referiu Luca Sra, diretor de Operações da Business Unit de Camiões IVECO.

E acrescentou: “O seu foco visionário, a sua visão de futuro em termos de design de veículos e a sua paixão pela excelência vivem na nossa equipa e nos veículos IVECO que percorrem as estradas de todo o mundo”.

Mais sobre a IVECO aqui.

feitos de uma história apaixonante

A lenda do cavalo alado

A Empresa Nacional de Autocamiones (ENASA) nasceu em 1946 e criou, no ano seguinte, a histórica marca Pegaso, adotando o nome do cavalo da mitologia grega, símbolo de potência e velocidade.

Foi uma ideia do génio de Wifredo Ricart, que desenhou um icónico cavalo voador mais rápido do que o da Ferrari, uma imagem que foi sendo polida até se chegar ao desenho final, em 1956, do escultor Gabino Amaya.

As “bochechas” de Barcelona

Até à criação da fábrica de Madrid, a ENASA produzia em Barcelona, nas instalações e projetos adquiridos da Hispano-Suiza, a única sobrevivente de toda a indústria automóvel nacional após a Guerra Civil de Espanha. Dali saíram o Pegaso e o Pegaso II, já com o motor Diesel Z-202, que herdaram da moderna cabina plana do Hispano-Suiza 66-D.

Este desenho tão peculiar conferiu-lhes a alcunha de “bochechas” e fez com que, durante muitos anos, qualquer camião com a cabina avançada fosse chamado de “do tipo Pegaso”. As suas prestações eram referenciais para a época: um peso máximo autorizado, com reboque, de 26.500 kg e capacidade de subir pendentes máximos de 14%.

Tudo isso em conjunto com um baixo consumo, graças à injeção direta da Bosch. Ambos tinham o volante à direita para melhorar a visibilidade junto à berma das estradas. Até porque, à época, os camiões não tinham permissão para realizar ultrapassagens. Em 1951, nasce o primeiro veículo trator da marca, bem como os autocarros com motor dianteiro Diesel.

Um camião elétrico em 1952?

Em 1952, criou-se um protótipo elétrico do Pegaso II. O seu pack de baterias elétricas (48 elementos de chumbo e 600 Ah) garantia 900 ciclos de utilização e carregava-se em apenas cinco horas, proporcionando uma autonomia de 75 km.

Muitas das frases dos seus folhetos promocionais seriam válidas hoje em dia: “Grande aceleração com um gasto de energia equilibrado”; “Ausência de consumo nas paragens”; “Não produz ruídos nem odores”; “Escassas e simples avarias”; “Gastos totais entre 30 e 50% inferiores aos de um a gasolina”; “Menos impostos e maior duração dos pneus”. Este modelo não chegou à fase de produção, mas serviu de base técnica para o desenvolvimento de autocarros com trolley.

Automóveis e aviões também

A Pegaso construiu, igualmente, os automóveis mais avançados e rápidos da sua época. Diversos fatores externos contribuíram para que só se fabricassem 86 unidades dos Z-102 e Z-103, entre 1951 e 1957, exemplares que viriam a transformar-se em peças de inestimável valor para os colecionadores.

Mas todo o trabalho de formação de pessoal, desenho, engenharia, mecânica e fabrico ajudou a elevar o nível de qualidade e a tecnologia dos veículos industriais da Pegaso. A Pegaso manteve, também, um departamento de aviação durante os primeiros anos da sua existência e continuou a fabricar motores de origem Hispano-Suiza 12Z de 12 cilindros e 1.300 cv de potência.

A fábrica de Madrid

Desde o momento da criação da ENASA, teve, também, início o projeto da grande fábrica de Madrid, cuja primeira fase de construção terminou em 1955. Um ano antes, celebrou-se, nas naves vazias, uma grande exposição com toda a gama de veículos Pegaso, com automóveis, camiões e autocarros convencionais e com trolley.

Esta fábrica continuou a produzir camiões IVECO e passou por uma constante evolução até se converter numa das mais avançadas do mundo. Foi a primeira fábrica do Grupo CNH Industrial a alcançar, em 2017, o nível “Ouro” no programa “World Class Manufacturing” (WCM).

Atualmente, alberga linhas de produção e um centro de investigação e desenvolvimento para os veículos pesados da marca. A produção total da Pegaso em Madrid, entre 1946 e 1990, atingiu as 405.000 unidades. Em 2008, já sob o nome IVECO Pegaso, atingiu-se a marca de um milhão de unidades produzidas.

O primeiro camião 100% Pegaso

O motor Diesel desenvolvido a partir do bloco da Hispano-Suiza 66 foi um êxito. Esta tecnologia tinha muito potencial e a Pegaso começou a desenvolver um novo motor Diesel, mais pequeno, moderno e eficiente, que seria o coração de um camião totalmente novo, desenhado de raiz.

O Z-207 tinha um peso máximo autorizado de 10.000 kg e alcançava mais de 90 km/h de velocidade máxima. Foi um camião muito à frente do seu tempo, com motor Diesel em alumínio, equipado com injeção direta e suspensão dianteira independente. Foram vendidas 4.412 unidades do modelo.

Novos conceitos de camião

Em 1960, decidiu-se substituir o Z-207 por um modelo menos sofisticado e complexo de fabricar. O seu sucessor foi o Comet, proposta que apresentava duas grandes vantagens: já estava testado a nível mundial e era mais económico de fabricar.

A sua apresentação foi espetacular. Nada menos do que 180 Pegaso Comet saíram, juntos, da fábrica com destino aos concessionários de toda a Espanha. Ambos os modelos transformaram a história dos transportes do país vizinho.

Depois, chegaria a nova gama 1080, com o desenho de “cabina quadrada” (1972) e que representaria um grande salto tecnológico. Na sua configuração de chassis com quatro eixos, podia chegar até às 36 toneladas de peso bruto e com o motor de 12 litros da Pegaso, com 352 cv, sendo o camião mais potente da Europa. O Troner, apresentado no Salão Internacional do Automóvel de Barcelona de 1987, foi o último modelo da marca.

Comerciais ligeiros

Em 1957, a Pegaso assumiu o controlo da empresa SAVA, da zona de Valladolid, que fabricava uma gama de veículos comerciais ligeiros e médios. Desde 1990, começou a produzir-se o modelo Daily nestas instalações. Ao longo dos anos seguintes, a fábrica cresceria constantemente e adquiriria um reconhecimento internacional.

Presentemente, é pioneira na Indústria 4.0, foi distinguida com o nível “Ouro” no “World Class Manufacturing” e produz o veículo comercial ligeiro Daily na sua versão chassis-cabina, bem como a versão Hi-Matic, com transmissão automática de oito velocidades. Além disso, tem a seu cargo o fabrico de cabinas em chapa e a sua pintura, peças que são, depois, enviadas para a fábrica da IVECO, em Madrid.

O primeiro concept truck da Europa

A Pegaso causou um grande impacto no Salão de Barcelona de 1989 com o SOLO 500, o primeiro concept truck da indústria europeia. Este camião antecipou muitas das tecnologias de que é possível desfrutar atualmente, como o GPS, as câmaras de visão traseira, o radar de proximidade, bem como outros sistemas de ajuda à condução.

A Pegaso na competição

A Pegaso é das poucas marcas que pode gabar-se de ter participado com os seus automóveis no Grande Prémio do Mónaco (1952), nas 24 Horas de Le Mans (1953) e na Carrera Panamericana (1954). Em 1953, um Pegaso Z-102 STC/2.8, de 250 cv, converteu-se no veículo de produção mais rápido do mundo, alcançando os 243 km/h.

A Pegaso deixou, igualmente, a sua marca nas corridas de camiões, competindo no Campeonato Europeu de Camiões em 1989 e 1990. As quatro vitórias alcançadas no Circuito de Jarama, em 1990, deram lugar ao fabrico de uma série especial TRONER Jarama. Também participou, por várias ocasiões, no Rally Paris-Dakar, utilizando como base versões militares.

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