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Negro de fumo: base invisível dos pneus modernos e o futuro da mobilidade

Este material, obtido pela combustão parcial de hidrocarbonetos, desempenha um papel fundamental na indústria automóvel, em geral, e no setor dos pneus, em particular.
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O negro de fumo, componente essencial na produção de pneus, é responsável por grande parte do desempenho, durabilidade e segurança destes componentes de borracha que sustentam a mobilidade mundial.

Este material, obtido pela combustão parcial de hidrocarbonetos, desempenha um papel fundamental na indústria automóvel, reforçando a borracha utilizada nos pneus e contribuindo para avanços significativos, tanto em tecnologia como em sustentabilidade.

À medida que o setor evolui, o negro de fumo mantém-se como um elemento indispensável, ao mesmo tempo que abre espaço para inovações voltadas para o futuro.

O negro de fumo, composto por partículas finíssimas de carbono, é incorporado à borracha durante o processo de fabrico de pneus. Este elemento não apenas proporciona a conhecida cor preta dos pneus, como, também, cumpre funções técnicas cruciais. Reforça a estrutura da borracha, tornando-a mais resistente ao desgaste, cortes e impactos.

Além disso, ajuda a dissipar o calor gerado pelo atrito com a estrada, evitando o sobreaquecimento e prolongando a vida útil dos pneus. Outro benefício significativo é a proteção contra os raios ultravioleta, que podem degradar a borracha ao longo do tempo. Graças a estas características, o negro de fumo não só assegura o desempenho dos pneus, como, também, contribui, de uma forma direta, para a segurança rodoviária.

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Aposta dos fabricantes

Fabricantes de renome mundial, como Michelin, Bridgestone, Goodyear, Continental e Pirelli, por exemplo, utilizam negro de fumo nas suas linhas de produção, colaborando, frequentemente, com empresas especializadas na produção deste material, como Cabot Corporation, Orion Engineered Carbons e Birla Carbon.

Nos últimos anos, no entanto, a indústria tem explorado alternativas mais sustentáveis, como a reciclagem de negro de fumo a partir de pneus usados. Este processo, realizado através de tecnologias como a pirólise, permite recuperar este material para reutilização, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a economia circular.

Exemplos dessa abordagem incluem iniciativas da Michelin, que já integra negro de fumo reciclado em alguns dos seus produtos, e da Continental, que investe no desenvolvimento de biomateriais como complemento ou substituto parcial.

A utilização do negro de fumo na indústria é, também, regulada por padrões rigorosos que garantem a qualidade e minimizam os impactos ambientais. Certificações como as normas ISO 9001 e ISO 14001, bem como regulamentações europeias, como o REACH, asseguram que o material é produzido e aplicado de forma segura e responsável.

Paralelamente, os fabricantes de pneus procuram obter certificações adicionais para comprovar a sustentabilidade das suas práticas, especialmente no que diz respeito à integração de materiais reciclados e à redução da pegada de carbono.

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Futuro continua “negro”

Estudos recentes têm explorado formas de otimizar a composição do negro de fumo para melhorar ainda mais o desempenho dos pneus. Pesquisas apontam para a possibilidade de ajustar as propriedades do material de forma a reduzir a resistência ao rolamento, fator que pode influenciar tanto o consumo de combustível em veículos tradicionais como a autonomia de veículos elétricos.

A recuperação de negro de fumo de pneus reciclados tem-se revelado ainda uma solução promissora para lidar com o crescente volume de resíduos gerados pela indústria automóvel.

O futuro do negro de fumo está diretamente ligado às metas de sustentabilidade e inovação da indústria automóvel. À medida que os fabricantes se comprometem com objetivos ambiciosos, como a neutralidade carbónica e a transição para materiais mais ecológicos, o negro de fumo reciclado e os substitutos renováveis deverão ganhar maior protagonismo.

Empresas como Michelin e Continental já delinearam estratégias para substituir parcialmente o negro de fumo derivado de petróleo por alternativas mais sustentáveis até 2050, impulsionando o setor para uma nova era.

Com a transição para a mobilidade elétrica e autónoma, a eficiência dos pneus será mais crucial do que nunca e o negro de fumo continuará a ser um aliado indispensável.

Seja na sua forma tradicional ou através de versões recicladas e inovadoras, este material mantém-se como um pilar da indústria, garantindo segurança, desempenho e adaptabilidade num mundo em constante transformação. O desafio, agora, é equilibrar o impacto ambiental com a procura crescente por tecnologias de mobilidade mais inteligentes e sustentáveis.

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