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Especialistas da DEKRA alertam para perigos da manipulação dos SCR

Transporte sustentável: o problema da manipulação do sistema SCR e o que poderia ser feito. Este foi o contributo dos especialistas da DEKRA em conferência.

O Comité de Transporte Terrestre, o mais alto órgão de decisão da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa sobre transporte, reuniu-se em Genebra. O tema central da 85.ª sessão foram as ações do setor de transporte terrestre para reduzir as emissões prejudiciais ao clima.

A organização especialista global DEKRA contribui para o evento, uma vez mais, com foco no problema de sistemas de catalisadores SCR manipulados. Ministros dos Transportes, secretários de estado e embaixadores de mais de 50 países foram convidados para uma demonstração técnica, explicando o problema e delineando possíveis medidas de para evitar esta prática.

“Demonstração técnica para oficiais de alto nível; os óxidos de azoto representam riscos à saúde e podem contribuir para o aquecimento global; camião Euro VI manipulado produz 40 vezes mais emissões normais de NOx”. Estes foram alguns dos tópicos abordados na sessão.

Os requisitos de emissão de escape nos regulamentos de homologação para veículos rodoviários são elevados. Entre outras coisas, os fabricantes de veículos devem implementar medidas para reduzir os óxidos de azoto altamente tóxicos (NOx).

Especialmente para veículos pesados, os catalisadores SCR são a solução técnica mais eficaz e, portanto, são instalados em quase todos os veículos comerciais modernos, bem como na maioria dos veículos ligeiros modernos. Usam o líquido AdBlue, que precisa de ser reabastecido além do Diesel.

“Muitos utilizadores manipulam os sistemas para reduzir os custos operacionais, tornando o sistema de controlo de emissões poluentes ineficaz”, afirma Christoph Nolte, chefe da Divisão de Serviços de Inspeção de Veículos da DEKRA. “Os kits de manipulação, incluindo soluções de software e hardware, estão facilmente disponíveis online para todos os veículos comerciais comuns”, alerta.

Na demonstração técnica, os especialistas da DEKRA partilharam as descobertas das suas pesquisas, mostrando que um camião Euro VI manipulado produz cerca de 40 vezes mais emissões de NOx do que normalmente produziria.

O que está de acordo com os resultados das investigações da Autoridade Dinamarquesa de Trânsito Rodoviário (Færdselsstyrelsen). Estudos de diferentes países descobriram que até 20% dos veículos pesados ​​são manipulados dessa maneira.

“Com muito pouco esforço em termos de custo e tempo, os sistemas SCR altamente eficazes que, normalmente, removem mais de 90% das emissões de óxido de azoto dos gases de escape, podem ser desativados”, afirma Nolte. “Simplificando: um camião Euro VI manipulado torna-se num camião Euro II. Isso é inaceitável e precisa de ser combatido”, apela o responsável.

Atualmente, nem os sistemas de diagnóstico a bordo nem a PTI de inspeção do veículo podem provar que tais kits de manipulação estão instalados. É, por isso, que, do ponto de vista da DEKRA, são necessárias medidas de proteção e opções de diagnóstico padronizadas estendidas.

Especialistas da DEKRA e da Færdselsstyrelsen explicaram o problema aos participantes do ITC, mostrando como os sistemas SCR são frequentemente contornados e delineando possíveis medidas de combate que poderiam ser tomadas.

“Isso pode incluir regulamentos de aprovação de tipo de veículo modificados para fornecer melhor proteção, padronização de diagnósticos para possibilitar a deteção em testes de estrada e inspeção, bem como penalidades efetivas para desencorajar a manipulação”, diz o especialista da DEKRA, Christoph Nolte.

Mais sobre a DEKRA aqui.

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