Há horas felizes. E coincidências que marcam. Ernst Prost, diretor da LIQUI MOLY durante 30 anos, escolheu o dia 22/02/2022 para se reformar, data dominada pela predominância do algarismo “2” e que pode ser lida da direita para a esquerda (aquilo a que se chama de capicua).
Entrar assim, sem mais nem menos, na reforma, não combinaria com o diretor da LIQUI MOLY, que, no último dia de trabalho, ofereceu um presente aos seus 1.000 colegas.
“Trata-se de uma recompensa antecipada de €2.222 para cada colaborador da empresa para o ano de 2022. Uma espécie de incentivo destinado a servir de motivação adicional para, este ano, voltarmos ao nível de lucros que tínhamos antes da chegada do coronavírus”, explica o agora ex-diretor.
Os colaboradores e as colaboradoras do fabricante de óleos para motores ficaram muito admirados quando receberam um email de Ernst Prost, no dia 22/02/2022, às 22h22. A missiva não só continha agradecimentos, como, também, uma verdadeira surpresa. A carta interna escrita aos colegas pode ser lida aqui.
Ninguém esperava receber outro prémio no mês em que já tinha sido pago um bónus de €2.000 a título de participação nos lucros. E eis que, a este montante, acrescem €2.222, sem qualquer condição associada.
“Recebi tantos agradecimentos efusivos pelo primeiro prémio, assim como mensagens simpáticas a desejar uma boa reforma”, afirma Ernst Prost. “O dinheiro é uma bênção para muitos na empresa. Está tudo cada vez mais caro e os aumentos salariais legais são repetidamente ‘engolidos’ pela inflação”, descreve o agora ex-diretor, que quis tornar a despedida mais fácil para a sua querida equipa e, ao mesmo tempo, dar-lhe uma recompensa antecipada para o ano em curso.
“Este ano vai ser novamente difícil. Estamos ‘afogados’ em encomendas, mas continuamos a ter pouco material ou matéria-prima. Temos de laborar dia e noite. O que posso ainda fazer para me despedir, juntamente com o agora diretor único, Günter Hiermaier, é premiar, antecipadamente, o desempenho das nossas pessoas”, acrescenta.
“O objetivo declarado é regressar aos gloriosos anos anteriores à chegada do coronavírus. Não só em termos de volume de negócios, como, também, de lucros”, explica Ernst Prost, referindo-se ao seu plano. A empresa precisa de lucro para fazer os investimentos necessários no futuro.
“Temos muitos planos: desenvolver a produção em Ulm, um novo armazém central perto de Saarlouis, criar novos postos de trabalho. E, claro, tudo isto vai ser conseguido com os nossos recursos e não com créditos. O meu sucessor, Günter Hiermaier, também faz questão que seja assim”, conclui.
Ernst Prost marcou a LIQUI MOLY ao longo de décadas e fez dela aquilo que é hoje. Chegou à LIQUI MOLY em 1990, como diretor de marketing e vendas. Nos anos seguintes, comprou, sucessivamente, a empresa e desenvolveu-a de forma a tornar-se num “Global Player”.
Só desde a última crise económica mundial, em 2008, o volume de negócios de 232 milhões de euros triplicou e o número de colaboradores, na altura 438, mais do que duplicou. No final de 2017, Prost vendeu as suas participações na empresa ao Grupo Würth, mas manteve a responsabilidade como diretor.
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