Há muito que o circuito do Estoril não vivia um fim de semana (entre 6 e 8 de outubro último) tão emocionante. Alguém mais distraído poderia julgar estar de regresso às gloriosas décadas de 80 e 90, quando a Fórmula 1 ainda acelerava no nosso país, tal a enchente de pessoas e carros em redor e dentro do Autódromo Fernanda Pires da Silva.
À data do fecho deste artigo, ainda não eram conhecidos os números oficiais de visitantes da 7.ª edição do Estoril Classics, que o Check-up acompanhou in loco – e do qual já havia dado notícia aqui -, evento patrocinado, pela primeira vez, pela LIQUI MOLY. Mas tudo leva a crer que foram ultrapassadas as 35 mil pessoas da última edição.
Não é difícil entender a emoção vivida ao longo destes três dias: 10 corridas, 300 carros e milhares de pessoas nas bancadas, num evento apoiado pela Câmara Municipal de Cascais e promovido pela Race Ready. Calor (muito calor), cheiro a gasolina e a aroma borracha, muito barulho de motores e muito, muito boa disposição. Como nos velhos tempos.
Evento de “apaixonados”
Entre os mais entusiasmados, estava Matthias Bleicher. Em conversa com o Check-up, no espaço da empresa, no paddock, o CEO da LIQUI MOLY Iberia mostrou o seu agrado pelo patrocínio (principal) dado ao evento.
Ao seu lado, durante a conversa, estavam o carro conduzido por Tiago Monteiro, da Jordan Toyota, o último da presença da empresa na Fórmula 1 (e o respetivo fato), bem como um Porsche 912 de 1967 e um Mercedes-Benz de 1966 com um valor incalculável pela sua história familiar (trata-se de modelo igual ao do seu avô e ao primeiro que conduziu na vida, ainda miúdo), ambos do responsável da LIQUI MOLY.
“Está a correr muito bem. Muito melhor do que esperávamos. Tanto ao nível do público como da oferta e qualidade dos carros. Facilmente comparável com Goodwood, Le Mans, ou seja, eventos de primeira classe europeia neste setor. E como sou amante de carros clássicos, para mim, só por isso, já era uma festa estar aqui”, confidenciou Matthias Bleicher ao Check-up.
Os motivos que levaram a empresa a patrocinar o Estoril Classics são simples. “Para já, é um gosto pessoal. Mas, depois, a LIQUI MOLY tem uma oferta específica para os proprietários de carros antigos. São eles que perdem óleo, deitam fumo e têm 1.000 problemas. A pessoa que sabe resolver um problema sozinho. Para eles, somos uma solução, uma ferramenta para resolver os problemas do dia a dia do seu carro. Estávamos predestinados a estar aqui e a oferecer soluções para carros que têm 10, 20 ou 30 anos”, sublinhou o responsável.
“Em segundo lugar”, acrescenta Matthias Bleicher, “porque achei que era uma oportunidade única num país como Portugal para comunicar com os apaixonados de clássicos”, disse.
E continuou: “Não importa se é um Ferrari ou um Ford Escort dos anos 70. A paixão é a mesma. O mais bonito neste evento é que muitos participantes podem ser pessoas com muito poder de compra, mas têm o mesmo sorriso na cara quando vêm um Carocha dos anos 60 ou um Aston Martin do James Bond. É muito agradável estar com pessoas interessantes, de setores distintos, e partilhar esta mesma paixão”, conclui o CEO da LIQUI MOLY Iberia.
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