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Carro continua “indispensável” para proprietários, refere estudo

Apesar de “indispensável”, seis em cada 10 lusos receiam não dispor de meios para adquirir viatura, 10% acima da média europeia (61%), afirma o Observador Cetelem.

“Há sinais que fazem crer que um quotidiano com menos viaturas possa estar mais próximo do que parece. No entanto, o automóvel continua a ser o meio de transporte privilegiado, apesar de requerer, cada vez mais, um esforço financeiro”.

Segundo o estudo do Observador Cetelem Automóvel 2023, 73% dos condutores portugueses não se imagina a viver sem carro, apesar de estes estarem conscientes dos sacrifícios que têm de fazer para a sua manutenção.

“Sem surpresa, a percentagem de inquiridos que mais valoriza os automóveis é superior nos meios rurais do que nos meios urbanos. No entanto, a diferença é pequena. 77% dos condutores que não se imaginavam sem carro estão nos meios rurais, contra os 70% que vivem em meios urbanos”, refere.

“Também as divergências geracionais são tímidas. 34% das pessoas com menos de 35 anos afirma que estaria disposta a deixar de ter uma viatura, contra 26% das pessoas com mais de 35 anos”, revela o estudo.

Indispensável hoje, incerto amanhã

Apesar de um bem indispensável, seis em cada 10 inquiridos portugueses afirmam recear não dispor dos meios necessários para adquirir um carro no futuro.

“Quase quatro em cada 10 pessoas que não possuem, atualmente, automóvel, já o tiveram no passado, sendo algo muito mais visível nos países europeus e ocidentais. Países como Espanha (56%), EUA (55%), Áustria (52%) e Itália (51%) são onde se observa maior percentagem de indivíduos que se encontram nesta situação”, afirma.

“Em Portugal, são 39% os portugueses que assumem não ter viatura hoje, apesar de já terem tido no passado”, adianta o estudo.

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Os custos associados são as razões mais apontadas para este cenário de “desistência forçada”. 38% dos inquiridos admite não ter os meios financeiros para ser proprietário de veículo, 22% revela que se deve ao elevado custo de uso e 21% aponta o dedo aos custos de aquisição.

“Além dos custos, 23% assinala que a rede de transportes públicos disponibilizada é, também hoje, uma boa alternativa, com os residentes nas cidades a mostrarem-se mais afirmativos neste ponto do que os residentes em meios rurais. Já 20% dos entrevistados, refere, simplesmente, que não se justifica ser proprietário de carro”, sublinha a mesma fonte.

Rumo a um futuro sem automóveis?

“Fazendo uma perspetiva relativamente ao passado, vários condutores demonstraram uma certa nostalgia, assumindo que consideram que é mais difícil possuir uma viatura atualmente do que no passado (42 vs 32%)”, pode ler-se.

“Em Portugal, quase metade dos inquiridos (46%) concorda com a afirmação de que a dificuldade, hoje, é maior do que era. No entanto, é também o país europeu onde mais inquiridos consideram que, atualmente, é mais fácil (37% vs 29% da média europeia)”, salienta.

Check-up Media traffic

“Este cenário de menor circulação de carros (devido, essencialmente, aos custos e à dificuldade em adquirir um carro nos dias de hoje), é ainda mais preponderante junto da população jovem, com uma diferença de 10% entre os menores de 35 e os maiores de 35 (67% vs 57%)”, diz.

E… se sim, quais as consequências?

Confrontados com um mundo potencialmente sem viaturas, quais seriam as principais preocupações e pensamentos dos condutores? Este estudo dá-nos algumas pistas para o futuro.

“Numa primeira leitura, os condutores pensam, em primeiro lugar, nas dificuldades que os afetaria a título pessoal, antes de considerarem aspetos mais globais”, frisa.

Em primeiro lugar, com uma média global de 58% e no topo da lista em 15 países, estaria a dificuldade em se deslocarem como gostariam”, diz o estudo.

E vai mais longe: “Depois, o constrangimento de como qualquer deslocação se tornaria mais árdua e, portanto, ter de contar com viagens mais penosas seria a segunda consequência de um mundo sem viaturas para os condutores de 15 países, com uma média global de 47%”.

Depois destes dois critérios, os entrevistados abordam outras consequências, mais gerais e, também, mais positivas, nomeadamente no que se refere aos custos e ao impacto ambiental.

“Alguns consideram que seria positivo ter menos despesas (média global de 23%) e os mais envolvidos com o meio ambiente referem a menor quantidade de emissões nocivas (média global de 20%)”.

Os residentes em áreas rurais e urbanas consideram estas consequências quase pela mesma ordem, sendo a dificuldade em se deslocarem mais pronunciada no mundo rural (17 em 18 países).

Mais sobre o Observador Cetelem aqui.

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