Com o crescimento do seu negócio e a transformação eletrónica preparada para aumentar a procura pelo espaço, o fornecedor de peças automóveis para pós-venda Corteco começou a construir, este ano, um novo centro de distribuição no Parque Industrial de Weinheim, próximo da sede do Grupo Freudenberg, para aumentar a sua capacidade de armazenamento.
A procura de espaço de armazenamento excedeu a capacidade do seu atual centro logístico europeu em Hirschberg (Bergstrasse). A Corteco, um dos principais fornecedores internacionais do mercado de reposição automóvel independente, também está a preparar-se para o impacto da “transformação elétrica” nos seus negócios a médio prazo.
A Corteco, subsidiária da Freudenberg Sealing Technologies (FST), abastece oficinas independentes cujos clientes desejam naturalmente que os seus modelos sejam reparados rapidamente.
Tal significa que as peças sobressalentes devem estar prontamente disponíveis. A Corteco oferece mais de 26 mil artigos com qualidade OEM, sendo cerca de 16 mil peças de vedação, controlo de vibração e filtros de habitáculo, disponíveis nas instalações de Hirschberg, que envia cerca de 100 mil peças diariamente.
O centro de Hirschberg está em operação desde 2013 e conta com uma área de armazenamento de cerca de 9.000 m2. Mas com o crescimento dos negócios da Corteco, tal não será suficiente no futuro.
Mudança prevista para 2025
Uma vez que o armazém existente não pode ser ampliado, foram desenvolvidos planos para um novo edifício. E a Corteco escolheu o Parque Industrial de Weinheim, em parte devido à infraestrutura existente. As obras arrancaram no início de 2024 e a mudança está prevista para meados de 2025.
“Com 13.800 m2, o novo edifício não será apenas maior, mas, também, fornecerá uma solução de armazenamento automatizada”, afirma Christian Dickopf, vice-presidente sénior da Corteco. “Estamos a planear mais crescimento no futuro. Mesmo que o impacto da transição para a mobilidade elétrica demore, temos de pensar nos produtos que lhe estão associados hoje”, acrescenta.
Haverá uma área no novo edifício onde os colaboradores poderão montar e embalar peças, possibilitando a retomada de operações que haviam sido terceirizadas devido à limitação de espaço e capacidade. Para colocar a questão em perspetiva: mais de 95% das peças distribuídas pela Corteco são montadas em kits.
“Os clientes não aceitam entregas parciais a partir de locais diferentes, pois querem tudo num pacote a partir de uma só fonte. Mas a deslocalização das operações de montagem para um local potencialmente mais barato neutralizaria quaisquer vantagens de custos devido aos gastos adicionais com transporte”, explica Wolfgang Lohmann, diretor de operações na Europa.
“Ficaríamos mais lentos e teríamos prazos de entrega mais longos. Isto colocar-nos-ia em desvantagem competitiva, especialmente no mercado de peças de reposição. Portanto, não é uma opção”, garante.
Sistema Autostore
Haverá um armazém vertical e um sistema Autostore no novo edifício, que consiste numa solução parcialmente automatizada que economiza espaço e reduz a necessidade de espaço físico em quase um terço.
Os robots executam rapidamente tarefas repetitivas e fisicamente exigentes, ao mesmo tempo que otimizam a utilização do espaço. Tal permite que os colaboradores se concentrem em atividades que exigem conhecimentos especiais.
“99% de todos os diferentes artigos que vendemos podem ser armazenados na Autostore. Pode ser expandido conforme necessário, mesmo durante as operações em andamento, ou seja, sem interromper, temporariamente, as atividades do armazém”, explica o gestor de projeto, Jan Mittelstädt.
E vai mais longe: “Outro benefício é que o Autostore utiliza robots com eficiência energética. Quando 10 deles estão em funcionamento, não consomem mais energia do que um aspirador de pó. Eles ‘vêm’ no escuro, não precisam de corredores largos e encontram rapidamente os itens que procuram. São os bens que às chegam, não as pessoas aos bens”.
A sustentabilidade é um elemento-chave do projeto: um sistema fotovoltaico fornecerá à instalação uma parte significativa da sua eletricidade. As embalagens também estão a ser melhoradas, sendo “ainda menos plástico” o princípio orientador.
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