Ao aderir à “Science Based Targets initiative (SBTi)”, em 2021, foram estabelecidos objetivos vinculativos e baseados na ciência para reduzir as emissões de Gases com Efeito de Estufa prejudiciais ao clima: “até 2030, 70% das emissões de GEE devem ser poupadas nas instalações globais da MAN em comparação com o ano de referência de 2019 (âmbitos 1 e 2). Até final de 2023, já foi alcançada uma redução de 51,2%, avança a empresa, em comunicado.
As emissões de GEE da frota por veículo-quilómetro de camiões, autocarros e carrinhas vendidos pela MAN (âmbito 3) devem ser reduzidas em 28% até 2030, em comparação com 2019. No ano de referência de 2023, foi alcançada uma redução de 12,8%.
“A MAN Truck & Bus pode olhar para trás e ver um 2023 extremamente bem-sucedido em termos económicos. Ao mesmo tempo, apesar do aumento significativo da produção, conseguimos reduzir ainda mais as nossas emissões de GEE nos locais globais. Um feito de que estamos particularmente orgulhosos”, dá conta Alexander Vlaskamp, CEO da MAN Truck & Bus.
“E o aumento do nosso portefólio de produtos para sistemas de acionamento alternativos também alcançou marcos importantes no caminho para a descarbonização em 2023, com a nossa liderança de mercado em autocarros urbanos totalmente elétricos e o lançamento no mercado do nosso eTruck”, acrescenta.
Elétricos e hidrogénio
Em 2023, mais de 96% das emissões de GEE da empresa foram gerados durante a fase de utilização dos produtos MAN recentemente vendidos. A conversão da frota de veículos para sistemas de acionamento alternativos é, portanto, a maior alavanca para o fabricante de veículos comerciais atingir os seus ambiciosos objetivos de CO2.
“A MAN tornou-se líder de mercado na Europa em 2023 no que diz respeito aos autocarros urbanos totalmente elétricos, apenas quatro anos após o lançamento no mercado do MAN Lion’s City E”, afirma.
“O aumento dos camiões totalmente elétricos também continua a acelerar com o lançamento das vendas dos MAN TGX e TGS, em outubro de 2023. Espera-se que os primeiros veículos sejam entregues aos clientes já em 2024”, sublinha.
“Além do acionamento puramente elétrico a bateria, a MAN também vê sistemas de acionamento baseados em hidrogénio. Uma pequena série de um camião com tecnologia de combustão de hidrogénio (MAN hTGX), que será classificado como veículo de emissões zero (ZEV), deverá ser entregue aos primeiros clientes-piloto já em 2025”, sublinha.
Baixa produção de CO2
As emissões de GEE de âmbito 1 e 2 devem ser ainda mais reduzidas através da conversão e modernização sistemáticas do aprovisionamento energético, da utilização de fontes de energia renováveis e de medidas de eficiência energética.
“Para atingir estas metas ambiciosas de economia, a MAN está a implementar um amplo conjunto de medidas. O abastecimento de energia nos locais de produção está a ser gradualmente convertido em eletricidade e calor de fontes de energia renováveis”, explica.
“Além da aquisição externa de energia renovável, tal inclui, também, a instalação de sistemas fotovoltaicos, por exemplo, na África do Sul e em Ancara. Na fábrica de Cracóvia, o sistema de aquecimento a gás foi convertido num sistema de aquecimento a pellets de madeira com baixo teor de CO2”, acrescenta a mesma fonte, em comunicado.
A unidade de Nuremberga foi, também, ligada a uma rede de aquecimento urbano e a utilização de energia geotérmica está a ser planeada para a fábrica principal em Munique.
Em termos de aprovisionamento energético, a proporção de fontes de energia renováveis provenientes dos chamados “CAE” – Contratos de Aquisição de Energia – está a ser gradualmente aumentada. O que aumentará a compra direta de energia solar ou eólica, bem como a segurança do planeamento do fornecimento de energia.
Em tempos de escassez de matérias-primas, a MAN “considera o modelo de economia circular como uma contribuição significativa para a criação de valor e proteção ambiental em igual medida”, diz.
“Tal inclui a utilização eficiente e responsável de matérias-primas, a reutilização de peças e componentes e a prevenção da poluição ambiental”, reforça. “No ano em análise, a taxa de reciclagem dos resíduos de produção foi de 95%”, conclui.
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