“A responsabilidade ambiental da indústria dos óleos lubrificantes presume a adoção de princípios de sustentabilidade ambiental nas várias etapas da sua cadeia de valor. Uma delas relaciona-se com o embalamento dos produtos, neste caso dos óleos lubrificantes”, avança a Sogilub.
A Diretiva n.° 94/62/CE, relativa a embalagens e resíduos de embalagens, na sua redação atual, apresenta um conjunto de orientações para a promoção da prevenção, reutilização, valorização e reciclagem das embalagens, de acordo com a hierarquia dos resíduos.
“Estas orientações são, assim, aplicáveis a todas as embalagens e resíduos de embalagens que circulam no espaço europeu, incluindo as embalagens de óleos lubrificantes, que, apesar de serem classificados como resíduos perigosos, devem, também, cumprir os requisitos emanados em matéria de qualidade das embalagens, garantindo a proteção e segurança dos produtos durante a fase de transporte e utilização”, refere.
Atualmente, as soluções mais comuns de embalamento de óleos lubrificantes são garrafas, barris, baldes e contentores flexíveis, que podem ser constituídos por diversos materiais.
“Contudo, a preocupação por parte dos consumidores e produtores de equipamentos originais (Original Equipment Manufacturer) tem exercido pressão para que ocorra uma melhoria do desempenho sustentável em toda a cadeia de valor dos óleos lubrificantes, incluindo as embalagens”, explica a Sogilub, em comunicado.
Em consequência, começa a surgir um movimento crescente de investigação e desenvolvimento de soluções para as diversas etapas da cadeia de valor dos óleos lubrificantes. “Ao nível das embalagens, algumas empresas têm procurado desenvolver soluções alternativas, que cumpram os desígnios de sustentabilidade apontados pelas principais orientações legais, assim como certificações que atestem o seu grau de desempenho ambiental”, esclarece.
“Por exemplo, integradas nas próprias estratégias de sustentabilidade e inovação, vários produtores têm apostado no desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis, por exemplo com incorporação de plástico reciclado (como a Repsol, ou substituindo o plástico por biomateriais, como a polpa de celulose certificada (Forest Stewardship Council), desenvolvimento promovido pela Castrol)”, realça.
“Em termos de certificações que podem ser adotadas para atestar o desempenho ambiental associado aos produtos, uma das mais reconhecidas é o sistema de Rótulo Ecológico da UE (EU Ecolabel), que consiste numa certificação voluntária de excelência ambiental emitida pela Comissão Europeia através de procedimentos normalizados e evidência científica”, sublinha a Sogilub.
A certificação EU Ecolabel encontra-se disponível para várias tipologias de produto, incluindo os óleos lubrificantes e as suas embalagens, os quais, sobre esta certificação, têm de respeitar critérios rígidos específicos no âmbito da minimização de impactos negativos para a biodiversidade e utilização de substâncias nocivas.
“Especificamente, no que se refere às embalagens, os principais requisitos definidos pela EU Ecolabel prendem-se com a redução de extração e processamento de matérias-primas virgens, em específico com a utilização mínima de 25% de plástico reciclado nos recipientes feitos à base deste material”, revela.
Mais: “Utilização eficiente, em específico, adotando critérios de design de embalagens que evitem o derrame dos óleos; apresentação de informação acerca do processo de descarte do produto (lubrificantes e respetivas embalagens)”, adianta.
“Assim”, reforça, “adotando a certificação voluntária do EU Ecolabel, a indústria pode oferecer alternativas mais sustentáveis face aos lubrificantes convencionais, dotando os consumidores de opções que lhes permitam tomar decisões informadas e desempenhar um papel mais ativo na transição ecológica”.
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