A Axalta continua a valorizar a profissão de pintor automóvel junto dos seus parceiros. Desta vez, o fornecedor mundial e líder no segmento de tintas líquidas e em pó organizou o concurso “Melhor Pintor”, em parceria com a Caetano Auto (ação que resulta da sinergia entre TCAP – Toyota Caetano Portugal, Axalta e Indasa).
O concurso contou com 39 concorrentes, profissionais da rede de oficinas da Caetano Auto, que se submeteram, numa primeira fase, a provas teóricas, na plataforma da Toyota. Deste grupo, apenas quatro foram selecionados para as provas práticas, realizadas no Centro de Treino da Axalta, em Mem Martins, e que o Check-up fez questão de acompanhar “ao vivo e a cores”.
Uma espécie de “finalíssima”, com direito a prémios, sim, mas que, em si, representa, sobretudo, um “reconhecimento a estes profissionais e às técnicas utilizadas”, explica João Calha, key account manager da Axalta Coating Systems. A classificação? 1.° lugar: Rodrigo Lima; 2.° lugar: Rui Gonçalves; 3.° lugar: Tiago Anselmo; 4.° lugar: Oldemiro Silva. “Mas foram os quatro vitoriosos”, garante João Calha.
Basta ver a forma como se aplicaram, ao longo do dia, nas três provas: uma de isolamento, uma reparação de um guarda-lamas e uma de pintura de um capot novo, utilizando, nesta última fase, a “Cor do Ano 2022” da Axalta, a Royal Magenta (ver reportagem completa aqui). Ponto a destacar é que as provas foram todas realizadas com a gama de produtos Low Energy, de alta eficiência energética, da empresa (artigo que poderá ler aqui).
Valorizar a profissão
“A ideia é valorizar a profissão. Motivar os profissionais desta área. Motivá-los, assim como aos responsáveis de pós-venda. No fundo, pretendemos agitar as águas”, conta.
“Com estas três provas, abrangemos quase todas as tarefas principais de um pintor. Faltaram só os acabamentos”, revela João Calha ao Check-up, adiantando que o júri foi composto por três elementos: “Um da Spies Hecker, outro da Indasa e outro da Toyota Caetano Portugal”.
Um dos problemas apontados à atividade de pintor de automóveis é a faixa etária relativamente elevada, um indicador de que as novas gerações não estão a ser “seduzidas” pela profissão.
Mas talvez esta tendência esteja a mudar. Como o prova um dos quatro finalistas, Rui Gonçalves, de 25 anos – que viria a garantir o 2.° lugar no concurso, pouco depois de falar com o Check-up.
Pintor há cerca de três anos, trata-se de um exemplo perfeito da importância da formação na área da repintura. “É um excelente profissional. Esteve há pouco tempo na nossa formação de aprendizes”, revela João Calha.
Ainda antes de saber os resultados do concurso, Rui Gonçalves mostrava-se humilde. “Ganhar? Não. As provas correram bem, mas há aqui profissionais muito experientes. Estar aqui já é bom”. O que o levou a abraçar a profissão? “Tinha saído da tropa e surgiu a oportunidade. Gostei muito da experiência e quis ficar”, confidencia.
Gerações renovadas
“Esta é uma parceria com a Axalta (antes Spies Hecker) e é já muito antiga, tendo começado logo numa perspetiva win-win. Em conjunto, investimos nas pessoas e em tecnologia. Olhamos muito para o processo de evolução da profissão ao longo dos anos”, afirma Ana Fazenda, responsável de pós-venda e colisão da Toyota Caetano Portugal.
“Esta é uma profissão que, durante muito tempo, não teve visibilidade. Cada vez mais é engenharia”, diz. Segundo conta, o concurso surgiu naturalmente. “Todos os anos tentamos trabalhar algo novo e, este ano, o desafio foi um concurso de pintor. É um reconhecimento ao muito trabalho que tem sido feito também ao nível da formação, um imperativo nesta profissão”, defende Ana Fazenda.
Durante as provas práticas do concurso, o Check-up também foi a jogo e pintou uma porta de um automóvel… mas virtualmente, através de um simulador, como se pode observar na imagem. Graças ao novo software desenvolvido pela Axalta e que, em breve, estará disponível nas suas formações. O trabalho virtual passou pelas várias etapas do processo de pintura e, no final, atribuiu uma nota: 51%. Acima da média?
Exemplo da preparação destes profissionais é o facto de não terem sido avisados com grande antecedência do concurso. “Eles não sabiam”, assegura Ana Fazenda. “Apenas foram avisados há três semanas. Não houve tempo para treinar. O que sabem é o que está à vista”, diz a responsável de pós-venda e colisão da Toyota Caetano Portugal.
Sobre o jovem concorrente, não o “ocasional” do Check-up mas o vencedor do concurso, revela que este entrou para a Caetano Auto “já numa perspetiva de polivalência”. Como? “Sentimos que, com a alteração do mercado, começa a existir mais do que chapa e pintura: técnicos que fazem tudo do início ao fim. Porque o mercado começa, também, a passar mais pela substituição de peças do que pela reparação”, explica.
“E este jovem entrou já com essa perspetiva. Faz de tudo. Desmonta, monta, tira uma ou outra mossa, sem recurso às técnicas de chapa pesada – como dizem – e pinta. É um profissional polivalente com autonomia na dinâmica do trabalho”, sublinha a responsável.
Em relação à média de idades dos profissionais de repintura da rede de oficinas da Caetano Auto, Ana Fazenda explica que tem vindo a mudar. “Há quatro ou cinco anos, em média, a faixa etária andava pelos 50 e tal anos. O que fazia com que se perdesse, também, alguma acuidade visual e houvesse uma maior dificuldade em acompanhar a tecnologia”, afirma.
“Mas o grupo investe nestas pessoas”, conta Ana Fazendo, realçando a importância de formar os próprios profissionais, de modo a garantir uma maior autossuficiência na área. “Quem fica é valorizado. É um grupo muito sustentado. Valorizamos talentos. Não temos a rotatividade de há uns anos. Nessa altura, havia falta de profissionais no mercado e não conseguíamos contratar. Mas, quando começámos nós a formar, fomo-nos servindo internamente”, conclui a responsável.
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