“Uma revisão à minha vida? Acho que ia o corpo todo para abate”, diz Nilton

Nilton chegou à Oficina Vip sem quaisquer luzes de aviso acesas, mas admitamos que podemos estar perante um estoiro de humor a qualquer momento.
Check-up Media Nilton

Nilton entra na Oficina Vip tal como o conhecemos: direto, afiado e sempre pronto para uma pitada de humor corrosivo. A conversa começa com uma inevitável analogia mecânica — e se a vida fosse uma revisão?

“No meu caso, acho que era o corpo todo para abate. Estive 20 anos a dormir três ou quatro horas por noite. Tenho a certeza de que o meu cérebro já terá para cima de um milhão de quilómetros. Sou um salvado ambulante”, dispara.

Conduzir… sem GPS

Abordamos, de seguida, a posição de condução. Gosta de comandar ou prefere ir no banco do pendura a apreciar o caminho? Nilton não precisa de muito tempo para assumir o volante da conversa: “90% das vezes faço questão de conduzir e, de preferência, sem GPS, porque gosto de me lembrar dos caminhos, mas com a quantidade de radares que colocam nas cidades, onde há sítios onde és multado por ir a 35 km/h, o ideal era arranjar-se forma de dividir a multa pelos ocupantes do carro. Vais com quatro amigos, €100, era €20 a cada um dos cinco”, adianta o humorista, numa proposta com a sua lógica económica.

Avançamos para memórias sobre carros. Aqui, Nilton mantém o pé no acelerador da sinceridade. “O meu primeiro carro foi um Mercedes SL 500… e depois acordei. Afinal, era um sonho e na garagem estava um Citroën AX comercial”, recorda.

“Era um carro que não tinha muita paciência para mim, basta ver que lhe queimei a junta da cabeça duas vezes”. Atualmente, a história é outra: “Hoje, conduzo uma carrinha E300 Hybrid. Híbrida porque é uma carrinha, mas comporta-se como um carro. Até acho que não tem pronome”, diz. Pura filosofia automóvel.

E se tivesse uma oficina? Com que nome ficaria? A imaginação de Nilton mantém a tração: “Primo afastado, daqueles que só vês no Natal e de dois em dois anos. Desculpem, mas tenho Mercedes, e oficina é coisa que se vejo pouco”, explica Nilton, que é, de há uns anos a esta parte, embaixador da Soc. Com. C. Santos, importante concessionário das marcas Mercedes-Benz e smart.

Avarias em palco

A conversa segue para avarias — não mecânicas, mas de palco. Nilton recorda uma das suas histórias fundadoras. “No início da minha carreira, tive o Júlio César e o Raúl Solnado a assistir a um espetáculo meu. O microfone deixou de funcionar a meio da atuação. Fui buscar um megafone que tinha nos bastidores e fiz o resto do espetáculo improvisando com esse aparelho. Uma semana depois, estava a ser contratado pelo Júlio César para atuar no Casino Estoril e, isso, levou-me a decidir tornar-me profissional. Há improvisos que nos salvam a vida”, conta o humorista à Oficina Vip.

Check-up Media Nilton 2

Já agora, e se o humor fosse combustível? Nilton já tem a resposta carregada: “Com as autonomias a aumentar desta forma, já seria 100% elétrico.” Nada de octanas.

Buzinas com asneiras

O que nunca pode faltar numa viagem longa? Simples. “Ligação ao sistema de áudio para ouvir podcasts ou conversar com o ChatGPT. Quando viajo sozinho estou horas a falar com ele. A parte chata é que vai no carro, mas não ajuda nas portagens”, lamenta o humorista.

Por fim, a buzina dos sonhos. Aqui, Nilton não impõe limites: “Sempre defendi buzinas com asneiras. A pessoa tinha várias e disparava conforme a situação. Palhaço! Car%%&%! E ia ‘apitando’ conforme o nível de chatice no trânsito”, afirma.

“Até poderia haver elogios e tudo para aquela malta que vê uma miúda gira e apita. Com uma ‘buzina assobio’ isso resolvia-se. Sinto que esta minha ideia resolveria várias confusões no trânsito, ou então não”.

artigos relacionados

Últimas

Mecânico Virtual

Atualidade

Em estrada