Na InnoTrans 2022, ZF e Schunk anunciaram a sua intenção de cooperar na monitorização de condições para sistemas de transmissão de energia. O objetivo é fornecer este serviço digital das condições de infraestrutura e tecnologia veicular. Schunk fornecerá o hardware e a experiência de pantógrafo com o OnTrack.
A ZF fornecerá um painel de visualização de dados amigável que faz parte do sistema de monitorização digital de condições connect@rail. “Cerca de 90% do tráfego ferroviário alemão é movido a eletricidade, tornando a segurança e a fiabilidade desse elemento da infraestrutura ferroviária, significativamente, importante”, adianta a ZF, em comunicado.
“Para ambas as empresas, a cooperação é um passo importante no estabelecimento de um ecossistema de tecnologia abrangente para a indústria ferroviária e, por sua vez, para o avanço da digitalização para aplicações ferroviárias”, acrescenta.
Sempre que falamos de infraestrutura ferroviária, normalmente, referimo-nos à via. “Se olharmos para a estação, nota-se que os carris podem mostrar a direção para onde estamos a ir para a frente, mas as linhas aéreas são as que nos levam até lá. Pouco menos de 61%, o equivalente a cerca de 23.500 km da rede ferroviária alemã, são eletrificados”, pode ler-se no mesmo documento.
“Aproximadamente 90% do tráfego ferroviário é movido a eletricidade. Estas figuras ilustram que as linhas de contacto e os pantógrafos montados no veículo devem funcionar perfeitamente para que passageiros ou carga cheguem ao seu destino com segurança. Tendo isto em mente, a Schunk desenvolveu o OnTrack Monitoring, sistema de monitorização de condições que pode ser adaptado para pantógrafos e que, agora, está a ser complementado pela combinação com a plataforma connect@rail da ZF”, conta.
Na InnoTrans 2022, em Berlim, as duas empresas declararam a sua intenção de cooperar assinando um Memorando de Entendimento (MoU, na sua sigla em inglês). A monitorização de condições para aplicações de energia OnTrack mede a interação dinâmica entre a linha aérea e o pantógrafo. Aqui, os sensores são montados na cabeça do coletor e na estrutura de base do pantógrafo.
“Esses sensores registam, de forma contínua, dados sobre a condição das tiras deslizantes, a força de contacto e a geometria em ziguezague. Também detetam possíveis pontos de interferência (pontos difíceis) na linha aérea. Esses valores medidos são coletados durante a operação regular do veículo e enviados para a ‘nuvem’ para avaliação”, esclarece.
“Recolher e analisar esses dados é apenas uma parte do cálculo. Para que essas informações sejam incorporadas a planos de manutenção específicos, também devem ser processadas de maneira amigável. E é aí que entra a ZF: graças à ampla experiência em rede e visualização de dados integrada no connect@rail, os utilizadores podem identificar possíveis falhas no painel específico do cliente e tomar as decisões corretas para manutenção preditiva”, frisa.
Dessa forma, as duas empresas ajudam a evitar atrasos e cancelamentos de transportes, minimizando o tempo de inatividade e mantendo o horário. “Parcerias como a que existe entre a ZF e a Schunk oferecem um valor agregado real às autoridades de transporte e fabricantes de veículos”, diz Daniel Härter, responsável da unidade de negócios Marine & Special Driveline Technology da ZF.
“Graças ao design modular do connect@rail, as funções do OnTrack Monitoring podem ser perfeitamente integradas na nossa plataforma. Os nossos clientes beneficiam disso, uma vez que, agora, têm acesso a uma solução pronta a partir de uma única fonte. O que nos ajuda a fazer uma contribuição para melhorar a segurança e a eficiência da mobilidade ferroviária”, refere.
“A digitalização não é uma megatendência para nós, mas uma forma de encarar os desafios que a indústria ferroviária atual enfrenta. Estamos muito satisfeitos por podermos apoiar os nossos clientes juntamente com a ZF, além de ajudar a aumentar a competitividade e o desempenho do sistema ferroviário”, acrescenta Paulo Santos, diretor-geral da Schunk Transit Systems.
A cooperação é outro passo importante na estratégia da ZF, que visa estabelecer um ecossistema de tecnologia abrangente para o setor ferroviário, “para uma mobilidade ferroviária confiável, segura e limpa”, conclui a empresa.
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