Diz-se que os veículos atuais são computadores com rodas. Uma tendência que parece confirmar-se e poderá, inclusivamente, acrescentar-se que a indústria nunca foi tão apetecível, como hoje, para os gigantes tecnológicos.
Que o diga a Xiaomi, um dos três maiores fabricantes de dispositivos móveis do mundo. Depois de conquistado o estatuto de referência no mercado dos smartphones, a empresa chinesa, que produz ainda tablets, auriculares, televisões e scooters, está a voltar-se para os veículos.
Segundo a Reuters, a marca terá já um acordo com os compatriotas da Great Wall Motors, o maior construtor privado de veículos da China, para o desenvolvimento e produção de um automóvel 100% elétrico e autónomo.
A parceria ainda não foi oficializada, mas já faz correr muita tinta. E já contribuiu para valorizar as ações da fabricante de smartphones em 9% na bolsa de Hong Kong. Mesmo antes do site chinês ITHome revelar que as marcas “Xiaomi Auto” e “Xiaomi Automobile” já foram registadas.
Ainda de acordo com a Reuters, o gigante tecnológico deverá alargar aos seus automóveis a fórmula vencedora que aplica aos demais produtos do seu catálogo, oferecendo “qualidade e sofisticação, design agradável e preço competitivo”. Por outras palavras, o objetivo será posicionar-se no segmento premium e concorrer com o iCar da Apple. E com os modelos da Tesla.
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