Com mais de 2,7 milhões de unidades vendidas, o XC60 ultrapassou o icónico 240 e passou a deter o título de Volvo mais vendido de sempre. “Desde a sua estreia, em 2008, que o XC60 tem sido um autêntico sucesso de vendas, apelando a uma vasta gama de condutores que valorizam a segurança, a qualidade e uma experiência de condução premium”, afirma a Volvo Car Portugal.
Construído, inicialmente e em exclusivo, na Europa, o XC60 tornou-se, mais tarde, no primeiro modelo global da marca a ser, também, produzido na China, apoiando as vendas locais. Em 2018, foi considerado o “Carro Mundial do Ano”.
A atual geração do XC60 introduziu as motorizações híbridas plug-in a um público ainda mais vasto, tendo sido o PHEV mais vendido na Europa no ano passado.
Para o model year 26 (MY26), este SUV viu o seu design modernizar-se, recebeu uma experiência de utilização mais intuitiva, otimizou o conforto e passou a contar com um sistema de infoentretenimento mais reativo.
Elegância nórdica
É certo que as opções instaladas na unidade ensaiada pelo Check-up favorecem (e muito) o visual do conjunto, mas o XC60 tem sabido, como poucos, manter o charme e a elegância na classe dos SUV premium de cinco lugares ao longo dos tempos.

As proporções equilibradas da carroçaria combinam bem com o desenho dos grupos óticos (os dianteiros distinguem-se pelo característico “Martelo de Thor”), contribuindo a elevada linha de cintura para a imponência que o XC60 exibe por onde passa.
Os elementos mais marcantes do seu design são, sem dúvida, a grelha escura (cujas lâminas estão dispostas em sentidos opostos e divididas pelo friso cromado que atravessa o símbolo da Volvo), os para-choques dinâmicos (os dianteiros incluem inserções em preto), as jantes de 20” (€861), a cor verde “Forest Lake” (€1.046) e os vidros traseiros escurecidos (€461).
O interior reúne tudo o que os casais com dois filhos podem ambicionar. Desde logo, a ampla habitabilidade. Depois, os vários locais de arrumação existentes. (o porta-luvas e as bolsas das portas são amplas). Já a bagageira, permite transportar quer indispensável quer o supérfluo, anunciando um volume de 468 litros, que chega aos 1.528 litros com os bancos traseiros rebatidos.
Produto bem feito
A qualidade de construção é nada menos do que irrepreensível. Desde o som abafado do fechar das portas ao toque robusto dos materiais, existem poucos modelos tão bem feitos no segmento como o XC60. Os estofos “Nordico antracite” asseguram uma parte do ambiente luxuoso que se vive a bordo.
A outra parte deve-se ao nível de equipamento recheado (importa mencionar a presença do opcional Pack Premium, que obriga ao dispêndio de €2.608), ao volante multifunções de três braços, às saídas de climatização verticais com inserções cromadas e à pequena alavanca transparente da caixa de velocidades.

Como seria de esperar tratando-se de um Volvo, a segurança a bordo está rodeada de fortes medidas de segurança. Eis alguns dispositivos presentes de série: alerta de colisão traseira, aviso de ângulo morto, head-up display, alerta de saída de faixa, sistema de manutenção de faixa, informação de sinais de trânsito e câmara de 360°.
O posto de condução é ergonómico e confortável. O volante tem uma pega muito boa. O banco oferece um apoio lateral e lombar eficaz. Todos os comandos estão bem localizados e são de fácil leitura. O vasto menu do sistema de infoentretenimento requer apenas alguns minutos de habituação.
Ligação emocional
Se há coisa que a Volvo também garante são updates de software, enviados, diretamente, para o XC60. Estas atualizações OTA (over-the-air) são lançadas periodicamente, melhorando o automóvel ao longo do tempo sem necessidade de visitas ao concessionário. As atualizações OTA também facilitam o update e a adição de funcionalidades e packs baseados em software a qualquer momento.
E as boas notícias não se ficam por aqui. Até final de 2025, este SUV vai receber um update de software e passará a incluir um novo sistema operativo, designado Volvo Cars UX.
Se a intenção for aproveitar ao máximo o XC60, existe a app Volvo Cars, disponível gratuitamente. Utilizando-a, o condutor acede, remotamente, ao seu automóvel, ativa as funções de climatização e atualiza o software do veículo, entre outras funcionalidades.
Além de dois ecrãs (o do condutor tem 12,3”, o central dispõe de 11,2”), o XC60 permite personalizar a condução ao integrar o Google, propondo uma gama de aplicações úteis disponíveis com dados ilimitados como parte do pacote de serviços digitais gratuitos.

Google Maps, localizador de estações de carregamento elétrico, Google Play, Assistente Google e serviços digitais criam um verdadeiro ecossistema tecnológico que torna a convivência com o XC60 numa experiência imersiva. Destaque merecem, também, as funcionalidades Apple CarPlay e Android Auto.
Quanto aos modos de condução disponíveis, são cinco: “Hybrid” (dá prioridade à energia elétrica, ativando apenas o motor a gasolina para maximizar a eficiência em viagens mais longas); “Pure” (permite uma condução elétrica mais silenciosa, sem acionar o motor a gasolina); “Power” (combina ambos os motores, proporcionando uma performance desportiva e tração integral contínua); “Off-road” (otimiza a tração em terrenos mais acidentados e proporciona melhor controlo em superfícies difíceis); “AWD” (melhora a tração em condições escorregadias e otimiza a aderência durante o reboque e em estradas com gelo).
Competência híbrida
Confortável, fácil de conduzir e com reações honestas. O XC60 ensaiado pelo Check-up estava equipado com um sistema híbrido plug-in designado T6. Não sendo a versão híbrida de “ligar à ficha” mais potente da gama, título que pertence ao T8, o XC60 T6 é um SUV de irrepreensível eficácia.
Ao motor a gasolina de 2,0 litros com quatro cilindros, junta-se um motor elétrico, sendo a potência máxima combinada do sistema de 257 kW (350 cv) e o binário máximo de 659 Nm. A caixa Geartronic de oito velocidades é inteligente e rápida a atuar.
Com um arranque dos 0 aos 100 km/h que faz inveja a muitos desportivos a gasolina que por aí andam, 5,7 segundos, o XC60 T6 PHEV tem uma velocidade máxima limitada aos 180 km/h. Para os seus quase cinco metros de comprimento e 2.150 kg de peso (em vazio) que tem, este SUV “atira-se para a frente” com fulgor.

Se for preciso travar forte, também não há problema, uma vez que os travões são potentes e resistem relativamente bem à fadiga. A direção é comunicativa q.b. e o rolamento da carroçaria em curva até nem é acentuado, o que contribui para o desempenho eficaz.
Apesar das suas qualidades dinâmicas, o XC60 é um SUV que incita muito mais a adotar um estilo de condução calmo, com o excelente sistema de som Harman/Kardon bem alto, do que a optar por um estilo mais exigente que impõe maior desgaste mecânico.
A autonomia elétrica do XC60 T6 PHEV pode atingir um máximo de 100 km em cidade, descendo para 82 km no caso da combinada. Com emissões de CO2 de 24 g/km (WLTP), esta versão anuncia um consumo de gasolina combinado de 1 l/100 km.
Já o consumo total de energia elétrica anunciado (WLTP), é de 18 kWh/100 km, valor que desce para 16,4 kWh/100 km em cidade. O XC60 T6 PHEV reivindica ainda 19 kWh de energia da bateria (nominal). Para recarregar totalmente a bateria, são necessárias três horas.
A concluir, o preço. Disponível a partir de €70.002 (€46.200 + IVA para empresas), o XC60 T6 PHEV ensaiado pelo Check-up custa, na versão Plus Dark com os extras acima mencionados, €80.267. Valor que se justifica face a tudo o que é proposto, mas que não está ao alcance de todas as bolsas.
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