Na principal feira dedicada aos compósitos (JEC World), no Parque de Exposições de Villepinte, Paris, França, a Valeo apresentou, no seu stand (F83), as últimas inovações para chassis de veículos, bem como soluções para peças estruturais já em produção em série.
A luta contra o aquecimento global, a eletrificação da mobilidade e a escassez de recursos apelam à indústria automóvel para se reinventar e inovar. “A Valeo assumiu um forte compromisso de reduzir a sua pegada de carbono para ser neutra em carbono até 2050”, avança a empresa.
“Para oferecer aos clientes produtos sempre mais seguros, mas, também, mais sustentáveis, a Valeo desenvolveu expertise real, com equipas dedicadas ao desenvolvimento de novos materiais inovadores e as suas muitas aplicações”, acrescenta.
A Valeo escolheu trabalhar especialmente com organofolhas. “Estes compósitos, de elevado desempenho, são feitos de um tecido de longas fibras de vidro embutidas numa matriz termoplástica e a sua pegada de carbono é menor do que a do alumínio, permitindo uma redução média de 50% CO2eq nos escopos 1,2,3 a montante com um peso adicional economia de 12%”, explica.
Oportunidades incríveis
“Estes materiais oferecem grande rigidez o que proporciona uma excelente resistência ao impacto, essencial para a segurança dos passageiros, mas, também, para proteger a bateria dos veículos elétricos. As propriedades deste material abrem muitas oportunidades para integrar tecnologias como LiDAR ou suportes de iluminação, garantindo a estabilidade de painéis de luz e radares na frente”, revela.
Francisco Moreno, presidente do Valeo Thermal Systems Business Group, está otimista: “Materiais compósitos abrem oportunidades incríveis para a indústria automóvel e a Valeo orgulha-se de ser uma das pioneiras no seu uso”.
E vai mais longe: “Hoje, as nossas peças estruturais feitas de materiais de organofolha encontram-se a ser produzidas em série e continuamos a inovar para desenvolver novos materiais e aplicações inovadoras. Estamos convencidos de que os materiais compostos permitir-nos-ão desenvolver novas soluções e serviços acessíveis para uma mobilidade mais segura e ecológica”.
De referir que a travessa de organofolha é a primeira peça estrutural do mundo feita de materiais compósitos termoplásticos para produção em massa. Em produção em série desde 2018, oferece uma redução de peso de cerca de 30%.
“A primeira caixa de organochapa para o suporte da bateria (48 V) está em produção em série desde 2020. Oferece uma economia de peso de 40% em comparação com uma solução de metal. Este conceito aplica-se aos estojos das baterias, mas, também, aos estojos frontais.
“A travessa do para-choques dianteiro está em desenvolvimento com vários clientes e oferece uma economia média de peso de 30%”, adianta a Valeo, no mesmo comunicado.
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