Vale a pena calibrar sensor de ângulo da direção após cada alinhamento?

Calibração do sensor de ângulo da direção é essencial para garantir segurança, conforto e eficiência nos sistemas modernos.
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Durante muitos anos, o alinhamento de direção terminava com o ajuste mecânico das rodas. Hoje, essa etapa é apenas metade do processo. Os veículos modernos, equipados com sistemas de assistência à condução (ADAS), controlo de estabilidade (ESP) e direção assistida elétrica, dependem da informação precisa fornecida pelo sensor de ângulo da direção (SAS).

Qualquer desalinhamento, mesmo que seja de poucos graus, pode afetar o comportamento dinâmico do automóvel e a segurança em estrada.

Recalibração eletrónica

O sensor de ângulo da direção é responsável por medir a posição do volante em relação ao eixo do veículo e comunicar essa informação a vários módulos eletrónicos. Se o volante estiver ligeiramente fora do centro após alinhamento, o sensor continuará a enviar dados errados — o que pode levar a que o ESP intervenha desnecessariamente, a que o sistema de aviso de saída de faixa emita alertas falsos e a que o assistente de direção corrija sem motivo.

Por isso, a recalibração eletrónica tornou-se numa etapa obrigatória em qualquer alinhamento profissional. Muitos fabricantes já recomendam, de forma expressa, que o procedimento seja feito sempre que se alteram componentes da suspensão, da direção ou mesmo após um simples ajuste de convergência. O objetivo é garantir que o volante, as rodas e os sensores “falam a mesma língua”.

Função de “zero”

O processo é simples, mas exige o equipamento certo. Com uma ferramenta de diagnóstico compatível, o técnico acede ao módulo do sensor e executa a função de “zero” — definindo a posição do volante centrado como referência. Em alguns casos, a calibração pode ser feita automaticamente durante um curto percurso em linha reta, com o veículo em movimento. Em outros, requer um ambiente controlado e o veículo parado.

Ignorar esta etapa pode parecer inofensivo, mas tem consequências. Um sensor desalinhado não só compromete a estabilidade, como pode, também, gerar códigos de erro ou desativar sistemas ADAS, forçando o cliente a regressar à oficina. Além disso, o próprio conforto de condução fica afetado: o carro pode “puxar” para um dos lados e o volante não regressa corretamente ao centro.

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