A história da INDASA fala por si. Fundada há 43 anos, a empresa continua a desbravar o seu próprio destino e a deixar orgulhoso o seu presidente, Benjamim Santos.
Na sequência do Global Media Event, que juntou jornalistas de vários pontos do mundo para revelar três novos produtos – a lançar até final deste ano – e os resultados do investimento de 25 milhões de euros na otimização da fábrica de Aveiro, o Check-up falou com Rafael Dias, iberian market manager da INDASA, empresa que exporta 90% da sua produção e que acredita que “vai um pouco de si” em cada lixa que entrega em todo o mundo.
O Global Media Event, realizado recentemente, foi não apenas uma demonstração da vitalidade da INDASA como, também, uma oportunidade de estar com parceiros e jornalistas de todo o mundo. Qual o balanço possível deste evento?
É um balanço muito positivo, sem dúvida, que engloba uma oportunidade de partilha da nossa realidade com todo o mundo. No formato “casa aberta”, demos a conhecer, entre outras coisas, a nova gama de produtos – uma realidade a muito curto prazo – e a nossa forma de abordagem ao mercado. Foi, também, um convívio como agradecimento aos jornalistas pela partilha das notícias da INDASA pelo globo.
Foi, também, uma oportunidade para dar a conhecer o investimento de 25 milhões de euros – e o resultado do mesmo – na fábrica de Aveiro. Por que razão foi este o timing para o revelar ao mundo, dado que os trabalhos de melhoria da infraestrutura começaram há dois anos?
Sendo um projeto longo na sua realização, este foi o momento em que já podemos mostrar parte do resultado desse investimento, nomeadamente as novas linhas de produção.
Sabemos que a INDASA se prepara para lançar três novos produtos – ainda no segredo dos deuses. O que podes adiantar sobre este assunto?
São três gamas que vêm complementar o nosso portefólio e alargar a oferta aos nossos clientes. Ficaremos, assim, mais perto das necessidades do mercado de utilizadores no nosso segmento.
As atividades de lançamento da E-Series PRO X já se iniciaram e as remanescentes serão lançadas até final deste ano. No entanto, vamos aproveitar a nossa participação no evento IBIS Iberia para um pequeno soft-launch dessas duas novas gamas.
Durante o evento, os jornalistas tiveram oportunidade de ver a Academia INDASA. Qual a importância desta para a empresa? É realmente aí que tudo acontece, como diziam no Global Media Event?
Sim, acontece ali muita coisa, é verdade! É um espaço destinado essencialmente a dar e receber formação na aplicação dos nossos produtos, tendo como particularidade a simulação de um ambiente em oficina.
Ali, demostramos como as melhores práticas são essenciais para maior eficiência e rentabilidade do tempo dedicado a cada projeto. Este espaço é aberto a distribuidores, utilizadores e, em termos de formação, temos protocolos com alguns centros de formação profissional, como, por exemplo, o CEPRA.
Podes explicar-nos um pouco mais sobre as vantagens do “Process-to-Profit”…
À medida que as organizações procuram aumentar a sua rentabilidade, as atuais práticas são analisadas ao detalhe. A nossa colaboração envolve formação especializada, desenhada para maximizar a competência dos profissionais, definição de objetivos operacionais, vantagem comercial, consistência através de um processo estruturado de reparação e repintura automóvel, entre outros pontos. É um programa desenvolvido para aumentar a rentabilidade da oficina.
Qual a importância dos parceiros para a INDASA?
Podemos definir estas parcerias como uma das bases da nossa existência. É em conjunto com os nossos parceiros que desenvolvemos atividades que nos permitem, entre outras coisas, chegar ao mercado dos utilizadores e evoluir em termos da gama de oferta de produtos.
O estúdio interno é uma forma de estar mais próximo dos vossos clientes. Qual tem sido o feedback destes?
Sim, é mais uma ferramenta que nos ajuda a chegar a qualquer momento, quer aos nossos clientes, quer ao mercado em geral. É um projeto recente, do qual ainda não tirámos o pleno partido e sobre o qual temos grandes planos, mas a reação tem sido muito positiva.
Algo que foi visível, durante o evento, foi a união e a boa disposição existente entre todos os colaboradores da INDASA. Como se consegue isso?
Será, por certo, a comunhão do mesmo objetivo e da mesma ambição, o espírito INDASA. Também, certamente, porque as pessoas sentem que na INDASA contam.
Por exemplo, o nosso presidente faz questão de dizer que, quando sai um contentor de lixa da INDASA, além da lixa, é, também, um bocadinho de cada um de nós que lá vai.
A INDASA está presente em todo o mundo. É uma empresa essencialmente exportadora. Em termos percentuais, quanto representam, respetivamente, os mercados nacional e internacional?
O mercado português representa, neste momento, cerca de 10% e o mercado externo 90%.
A tendência será para continuar a crescer internacionalmente ou existe espaço para ganhar expressão em Portugal?
Naturalmente que, pela vocação natural de empresa exportadora, será o mercado internacional a crescer mais. Mas no mercado nacional acreditamos que ainda existe um grande potencial de crescimento.
“Queremos continuar a ser senhores do nosso mundo”. Esta foi uma frase dita por Andrew Tindall na conferência de abertura do Global Media Event. Que leitura fazes desta frase?
Interpreto tal como está traduzido. O projeto INDASA continuará a desenvolver-se e manteremos a postura de sempre, a de sermos nós quem decide o nosso destino.
Depois do investimento robusto como o realizado agora, como olha a empresa para o futuro?
Os alicerces com 43 anos já provaram que são fortes e seguros. Como tal, só posso encarar o futuro com otimismo.
A INDASA já pensou alguma vez em alargar a sua oferta de produtos para além dos abrasivos e sistemas de tratamento de superfícies?
Os novos produtos vão surgindo à medida que percebemos as necessidades do mercado onde estamos.
Como têm sido os teus primeiros quatro anos no cargo de iberian market manager da INDASA?
Essencialmente, anos de muita aprendizagem, uma vez que são realidades diferentes daquelas de onde vim, mas, também, desafiante. Tenho o saldo como positivo.
Benjamin Santos é, hoje, um homem orgulhoso com o “império” que começou a criar há 43 anos?
Acredito que sim! Orgulhoso e feliz com o rumo que o projeto tomou desde há 43 anos a partir de Portugal. Não ousaríamos chamar-lhe império, mas será, de facto, um projeto que conquistou uma dimensão muito interessante. Hoje, estamos com meios próprios em outros oito países.