O Índice de Transparência do Mercado da carVertical mede o nível de informações potencialmente ocultas ou falsificadas que são fornecidas a um cliente aquando da compra de um automóvel usado.
A empresa de dados do setor automóvel carVertical realizou esta pesquisa nos 25 países onde oferece relatórios de histórico automóvel durante, pelo menos, um ano.
De entre 25 países no Índice de Transparência do Mercado, Portugal ocupa o 9.° lugar, ultrapassando Itália e Espanha. Os mercados mais transparentes pertencem a Reino Unido, Alemanha e Suíça, enquanto os menos transparentes são Ucrânia e outros países da Europa de leste.
“Este estudo baseia-se em dados de relatórios de automóveis reais, comprados pelos nossos clientes ao longo de um período de 12 meses. Só utilizámos dados de relatórios que considerámos de alta qualidade de acordo com os padrões internos de que dispomos (por exemplo, um relatório de qualidade tem de ter, pelo menos, três registos de leitura do conta-quilómetros)”, explica a carVertical.
Segundo afirma, “consideramos que um automóvel é importado quando tem registos históricos em países que não o país onde foi comprado. Ao contabilizar o valor relativo dos danos, excluímos os danos ligeiros, de valor inferior a €500 (como um retrovisor partido ou pequenos arranhões)”.
E vai mais longe: “Para comparar a situação nos diferentes países, dividimos o valor médio dos danos pelo PIB per capita. O Índice de Transparência do Mercado da carVertical baseia-se em seis fatores, totalizando uma pontuação máxima de 1,2”.
De acordo com a empresa, “uma vez que o seu impacto previsto na transparência do mercado pode ser diferente, os especialistas em dados da carVertical atribuíram valores diferentes a estes fatores”.
Agora, as conclusões: “No que respeita a acidentes, 38,3% dos automóveis em Portugal teve danos ligeiros ou graves, com um valor médio de danos de €4.994. Em Portugal, 70,8% dos automóveis chega de outros países. A idade média de um veículo inspecionado no carVertical é de 8,6 anos”, revela.
Mas há mais: “2,2% de todos os veículos verificados no carVertical em Portugal tinham quilometragem adulterada. O conta-quilómetros de um veículo médio registado no país está alterado em 60.769 km”, pode ler-se.
O mesmo documento dá conta que a situação na vizinha Espanha é pior. “4,6% dos carros tinha quilometragem registada e 38,1% estava danificada. No entanto, a percentagem de veículos importados é inferior: 60,4%”, diz.
A terminar, a metodologia: a pesquisa da carVertical examinou relatórios reais de histórico de carros adquiridos pelos utilizadores da empresa de outubro de 2022 a setembro de 2023.
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