Tudo tem um princu00edpio e um fim. Uma data de validade. Os componentes dos automu00f3veis nu00e3o fogem a esta regra universal. Nunca as questu00f5es temporais seru00e3o do foro da ciu00eancia exata, u00e9 certo, mas quando se trata de componentes essenciais para o correto funcionamento do automu00f3vel, importa ter em considerau00e7u00e3o quais su00e3o as suas (reais) expectativas de vida, segundo os seus pru00f3prios fabricantes.
Antes de mais, contextualizemos com alguns dados da Associau00e7u00e3o Automu00f3vel de Portugal (ACAP). Segundo esta, o parque automu00f3vel nacional u00e9 dos mais envelhecidos da Europa. Em 1995, a idade mu00e9dia dos automu00f3veis, em Portugal, era de 6,1 anos. No ano 2000, aumentou para 7,2 e, em 2017, o parque circulante atingiu um mu00e1ximo de 12,6 anos.
nNu00e3o existe uma idade pru00e9-determinada para um veu00edculo, mas as suas peu00e7as vitais tu00eam uma esperanu00e7a de vida prevista pelos seus fabricantes, a partir da qual o risco de falhas graves e perigosas aumenta consideravelmente
Pior ainda. Hoje, um em cada seis veu00edculos a circular em territu00f3rio nacional tem mais de 20 anos. Perante este cenu00e1rio, o que podemos esperar dos seus componentes?
O parque automu00f3vel luso u00e9 um caso su00e9rio de longevidade, sim, mas muitos dos veu00edculos reclamam reforma urgente. Nu00e3o existe uma idade pru00e9-determinada para um veu00edculo, mas as suas peu00e7as vitais tu00eam uma esperanu00e7a de vida prevista pelos seus fabricantes, a partir da qual o risco de falhas graves e perigosas aumenta consideravelmente.
Qual u00e9 o correto prazo de validade de uma embraiagem, de um turbo ou de cada um dos injetores do motor do veu00edculo? Uma coisa u00e9 certa: nu00e3o duram para sempre. E vu00e3o perdendo faculdades. O Mecu00e2nico Virtual explica-lhe os timings para sete componentes dos automu00f3veis.
Nos veu00edculos modernos, as luzes de xu00e9non ou de LED prometem durar toda a vida u00fatil do automu00f3vel, mas a validade das lu00e2mpadas ditas tradicionais mede-se em horas: as de halogu00e9nio do tipo H4 duram cerca de 250 horas e as H7 podem cumprir atu00e9 500 horas. Devem ser substituu00eddas aos pares.
u00c9 uma das peu00e7as do automu00f3vel que mais desgaste sofre com a exposiu00e7u00e3o ao sol e ao calor. E u00e9, tambu00e9m, um dos componentes que apresenta uma data de validade mais curta. Por outras palavras, comeu00e7am a apresentar u201cfadigau201d ao final de um ano e devem sempre ser substituu00eddas (aos pares) a cada dois anos.
Os fabricantes estipulam um prazo para cada modelo e motorizau00e7u00e3o, verdade. Mas as correias modernas devem sempre ser substituu00eddas a cada 100.000 ou 180.000 km. Para evitar dispendiosas reparau00e7u00f5es.
A vida u00fatil de um alternador rondaru00e1, em mu00e9dia, os 200.000 km. Em muitos casos, o seu funcionamento irregular nu00e3o obriga u00e0 troca do alternador por inteiro.
A vida mu00e9dia de um catalisador varia entre os 90.000 e 120.000 km. Um intervalo temporal que deveru00e1 ser avaliado caso a caso. Mas nunca negligenciado.
Este sistema de sobrealimentau00e7u00e3o nu00e3o deve durar mais de 250.000 km. Mais uma vez, a sua validade dependeru00e1 do modelo e atu00e9 do esforu00e7o a que seja sujeito.
Os injetores nu00e3o devem exceder os 300.000 ou, no mu00e1ximo, os 400.000 km, sob o prejuu00edzo de damos irreparu00e1veis ou de u201cmorte prematurau201d.