O sensor de posição do volante é uma peça discreta, mas desempenha um papel central nos sistemas de estabilidade modernos. Sempre que este sensor envia valores errados (devido a desgaste, sujidade interna ou má calibração, por exemplo), o ESP interpreta de forma incorreta a intenção do condutor. Isso pode resultar em correções de travagem inesperadas, luzes de aviso intermitentes ou a sensação de que o carro “luta” contra as manobras.
Oscilações súbitas
Para confirmar a avaria, a oficina deve começar por analisar os parâmetros em tempo real. O ângulo reportado deve ser consistente, estável e coerente com o movimento real do volante.
Oscilações súbitas, variações mesmo com o volante imóvel ou leituras desfasadas do valor zero são sinais típicos de falha. Um teste dinâmico, conduzindo em linha reta e, depois, descrevendo curvas suaves, permite comparar o comportamento do sensor com o esperado.
O alinhamento de direção é outro fator essencial: se o volante não estiver centrado, o ESP pode interpretar, permanentemente, que o condutor quer virar, mesmo quando segue em frente. Por isso, antes de “condenar” o sensor, é essencial verificar convergência, geometria e o ponto zero definido na unidade de controlo.
Calibração do sensor
Caso os valores estejam errados, mas o alinhamento esteja correto, a calibração do sensor é o passo seguinte. Muitos módulos permitem recalibrar o ponto zero com a ferramenta de diagnóstico. Se, mesmo após a calibração, os valores continuarem instáveis ou desalinhados da posição real, o sensor está, muito provavelmente, danificado e a substituição torna-se inevitável.
Um sensor de posição do volante pode, de facto, comprometer o controlo de estabilidade. Só através da combinação entre leituras dinâmicas, validação de geometria e calibração é possível identificar com precisão a origem do problema e garantir que o ESP volta a atuar de forma previsível e segura.
