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Renting escapa às restrições no fornecimento de veículos, diz a ALF

A escassez de automóveis revelou-se menos penalizadora para o renting. No primeiro semestre do ano, o setor cresceu 11,4% em número de viaturas novas.

O desempenho do leasing, factoring e renting no primeiro semestre deste ano alinhou-se pelo crescimento da economia nacional, registando progressos nos três setores, face ao período homólogo do ano passado. “Aparentemente imune aos efeitos da guerra no início do semestre, o financiamento especializado superou mesmo, em alguns segmentos, números relativos a 2019”, revelam os dados semestrais da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

Os maiores ganhos verificam-se no factoring, com uma expressiva subida da produção, 27,1% além do período homólogo de 2021, e cerca de 20% acima do ano pré-pandémico, num total de 20,1 mil milhões de euros.

Os segmentos do factoring doméstico e do factoring internacional demonstraram, igualmente, um forte crescimento dos créditos tomados, com crescimentos de 21,8% e 21,7%, respetivamente.

O setor do leasing denota um crescimento pouco expressivo, mantendo-se nos 1,1 mil milhões de euros, em relação ao primeiro semestre de 2021. Observando os dados da ALF, a Locação Financeira Mobiliária apresenta-se como o fator de pressão em baixa, com uma queda de 4,4%, para uma produção de 697,2 milhões de euros entre janeiro e junho. Pelo contrário, o financiamento imobiliário por via do leasing aumentou 10,1%, para 408 milhões de euros (ainda aquém dos 430 milhões do ano pré-pandemia).

No leasing mobiliário, o investimento em equipamentos fixou-se em 235,2 milhões de euros, num total de 3.685 contratos, aquém dos 279,8 milhões do período homólogo de 2021. Para esta queda de produção estará, também, a contribuir a restrição crescente no fornecimento de automóveis ligeiros novos. Na locação financeira, a leitura do total de ligeiros e pesados revela uma redução de quase 900 veículos financiados, num total de 12.279 viaturas.

Este desempenho na locação financeira mobiliária acompanha a tendência do mercado total de viaturas em Portugal neste período. Dados da ACAP apontam para uma redução na matriculação de ligeiros e pesados de 9,4% no primeiro semestre de 2022.

“A escassez de automóveis revelou-se menos penalizadora para o setor do renting. No primeiro semestre deste ano, o renting cresceu 11,4% em número de viaturas novas, para 13.569 unidades. Estas viaturas ascenderam a 326,4 milhões de euros, crescendo 19,9% em relação ao valor do período homólogo de 2021”, avança a ALF.

“Analisando valores de 2019, o setor mostra uma resiliência acrescida ao registar, até final de junho, um crescimento no valor das viaturas adquiridas na ordem dos 9,1%”, acrescenta.

Check-up Media ALF Luís Augusto

A frota gerida pelas empresas de renting ascendeu a perto de 124 mil viaturas, um crescimento de 4,1% e 7,2%, em relação ao primeiro semestre de 2021 e 2019, respetivamente. O desempenho em contraciclo com o mercado automóvel nacional comprova a crescente adesão de empresas e particulares ao modelo do renting.

“A guerra na Ucrânia, a persistente subida da inflação e os previsíveis riscos da rutura do fornecimento de gás à indústria e às famílias nas maiores economias europeias, não tiveram, no primeiro semestre, um efeito retardador da recuperação do financiamento especializado no seu todo”, refere Luís Augusto, presidente da ALF.

“Ainda que o leasing denote aparentes efeitos adversos na aquisição de viaturas, devido à crise dos semicondutores, o renting tem conseguido, através de uma boa gestão e da adaptabilidade do setor, manter o crescimento”, destaca.

“As associadas da ALF têm acompanhado a melhoria da economia nacional, reforçando o seu contributo para a boa gestão da tesouraria das empresas através do factoring e para a formação do PIB português no cômputo dos três produtos”, reforça o responsável.

Mais sobre a ALF aqui.

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