Quando o sistema start-stop começa a falhar, a tentação é assumir de imediato que existe um problema complexo no motor ou na eletrónica. Porém, este é dos sistemas mais dependentes de condições mínimas de funcionamento e, por isso, o diagnóstico deve começar sempre pelo mais simples.
Avaliar bateria
O primeiro ponto a avaliar é a bateria — não apenas a tensão, mas a sua capacidade real. As baterias AGM ou EFB perdem eficiência gradualmente e, mesmo com tensão aparentemente normal, podem já não disponibilizar a corrente necessária para suportar ciclos repetidos de arranque. Um teste de capacidade é obrigatório e, muitas vezes, esclarece de imediato a falha.
Segue-se a verificação do estado dos sensores essenciais, em particular o sensor IBS (Intelligent Battery Sensor). Se estiver sujo, mal calibrado ou com leituras inconsistentes, o módulo de gestão desativa o start-stop para proteger o sistema. O mesmo acontece quando há falhas em sensores de porta, cinto de segurança, capot ou embraiagem — todos eles condicionam o funcionamento.
Temperatura do motor
Outro fator frequentemente esquecido é a temperatura do motor e do habitáculo. O start-stop não atua se a climatização pedir demasiada energia, se o motor estiver frio ou se a ECU entender que o conforto do condutor será comprometido. Por isso, é importante analisar dados em tempo real para perceber que parâmetro está a bloquear a função.
Também deve ser avaliado o alternador inteligente. Nestes sistemas, a carga da bateria é gerida de forma dinâmica e qualquer anomalia na comunicação LIN ou na regulação pode impedir o start-stop de ativar. Uma simples leitura de erros pode revelar o ponto crítico.
É essencial ainda confirmar que a bateria instalada é do tipo correto. Substituir uma AGM por uma EFB (ou vice-versa) compromete o cálculo da carga e força o sistema a desligar preventivamente. Não esquecer: sempre que há substituição de bateria, deve ser feita a codificação/registo da nova unidade na ECU.