O sensor MAF — ou sensor de massa de ar — é um pequeno componente com um grande impacto. Responsável por medir o ar que entra no motor, fornece dados essenciais à centralina para ajustar a mistura ar/combustível. Quando falha, o motor “desatina”: perde força, engasga-se e consome mais.
Os sintomas mais comuns de um MAF com problemas são acelerações irregulares, ralenti instável, dificuldade em pegar a frio e consumo elevado. Em veículos modernos, pode acender a luz de avaria no motor (check engine) e registar códigos como P0100 a P0104, entre outros.
Sensor avariado?
Mas atenção: nem sempre o sensor está avariado. Muitas vezes, está apenas sujo ou contaminado, sobretudo por vapores de óleo, poeiras ou resíduos do filtro de ar. Nestes casos, uma limpeza cuidadosa com spray próprio para sensores pode resolver o problema — desde que o filamento interno não esteja danificado.
Nunca se deve limpar com ar comprimido, escovas ou produtos agressivos. O sensor é extremamente sensível, e uma má limpeza pode acabar por destruí-lo.

Se os sintomas persistirem ou o código voltar após limpeza, o mais provável é que o MAF esteja, de facto, avariado. A substituição deve respeitar a referência e o tipo original — há sensores com leituras digitais, analógicos, em tensão variável ou frequência. Montar um modelo errado pode causar mais problemas do que trazer a resolução.
Critério e consciência
Importa ainda verificar entradas falsas de ar, fugas nos tubos de admissão ou problemas no filtro. Um sensor novo não vai funcionar corretamente se houver ar a entrar após o MAF sem ser medido.
Em alguns casos, o sistema pode demorar a adaptar-se ao novo sensor, sendo recomendável repor os parâmetros da centralina com equipamento de diagnóstico.
O MAF é daqueles sensores discretos que só se fazem notar quando algo corre mal. E quando acontece, o motor inteiro sente. Diagnóstico certeiro, limpeza com critério e substituição consciente são os três pilares para resolver sem adivinhar.