A produção automóvel nacional voltou a recuar em novembro de 2025. De acordo com dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), saíram das fábricas instaladas no país “30.251 veículos, o que representa uma descida de 7,2% face ao mesmo mês de 2024”.
A quebra atingiu, sobretudo, os ligeiros de passageiros, que “caíram 8,4%, para 23.925 unidades, seguindo-se os ligeiros de mercadorias, com um recuo de 2,6% (6.102 unidades)”, revela a associação. “Os veículos pesados praticamente estabilizaram, com 224 unidades e uma ligeira variação negativa, de 0,4%”, destaca.
Balanço anual
Apesar deste recuo mensal, o balanço dos primeiros 11 meses do ano mantém-se “positivo”. Entre janeiro e novembro, foram produzidos “320.282 veículos, um crescimento de 4,3% face ao período homólogo”, diz.
“Nos ligeiros de passageiros, o acumulado soma 253.204 unidades produzidas (+5,2%), enquanto os ligeiros de mercadorias totalizam 64.210 (+0,9%). Já os pesados, chegaram às 2.868 unidades, mais 4,1% do que no ano anterior”, revela a ACAP, em comunicado.
Peso da exportação
Os números reforçam o peso das exportações na indústria automóvel portuguesa: “97,8% da produção nacional segue para mercados externos, contribuindo, fortemente, para o saldo da balança comercial”, pode ler-se no mesmo documento.
A Europa mantém-se como o principal destino, absorvendo 87,8% das exportações. Alemanha (19,5%), Itália (11,6%), Turquia (10,9%) e França (10,2%) lideram a procura. África surge na segunda posição regional, com 4,2% das saídas — sobretudo para Marrocos — e o continente americano ocupa o terceiro lugar, com 2,9%.
No segmento da montagem de veículos pesados, novembro trouxe uma variação positiva. “Foram montadas 40 unidades, um crescimento de 33,3% face a 2024”, refere.
Ainda assim, o acumulado de janeiro a novembro evidencia uma quebra de 14,5%, totalizando 247 veículos montados, todos eles pesados de passageiros. Também aqui a exportação domina: “93,5% da produção segue para o estrangeiro, com a Alemanha a absorver 81,8% das unidades e o Reino Unido os restantes 18,2%”, remata.
Mais sobre a ACAP aqui.
