Produção automóvel cresce 35% em maio e exportações mantêm-se cruciais

Fábricas nacionais produziram mais de 36 mil viaturas em maio de 2025, com 97,4% a ter como destino a exportação.
Check-up Media Volvo production car line

A produção de veículos em Portugal registou um forte crescimento no mês de maio de 2025, com um total de 36.524 viaturas fabricadas, o que representa um “aumento de 35% face ao mesmo mês de 2024”, avança a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Apesar deste desempenho mensal positivo, o balanço acumulado dos primeiros cinco meses do ano “mostra uma quebra de 5,5% relativamente ao período homólogo de 2024, com 144.996 veículos produzidos entre janeiro e maio”, refere.

A estatística reforça, mais uma vez, o “papel decisivo das exportações” no setor automóvel português: “97,4% dos veículos produzidos teve como destino os mercados internacionais, o que continua a contribuir, positivamente, para o saldo da balança comercial do país”, revela a ACAP.

Destino? Europa

“A Europa mantém-se como principal destino, absorvendo 87,8% das exportações, com destaque para Alemanha (20,1%), Itália (12%), França (11%), Turquia (10,6%) e Espanha (9,7%). A nível de grandes regiões, o mercado americano, impulsionado pelo Chile (3,0%), ocupa o segundo lugar, com 3,4% das exportações, seguido de perto por África, com 3%”, pode ler-se no mesmo documento.

Já no segmento da montagem de veículos pesados, os números continuam a refletir uma tendência de retração. “Em maio de 2025, foram montadas 27 unidades, o que representa uma quebra de 10% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No total acumulado de janeiro a maio, a montagem caiu 29%, com apenas 93 veículos pesados montados – todos da categoria de passageiros”, sublinha a associação.

Sinais positivos

Tal como acontece na produção, a montagem também se destina quase exclusivamente ao exterior. “98,9% dos veículos montados em Portugal foi exportada nos primeiros cinco meses do ano, com a Alemanha (89,1%) e a Inglaterra (10,9%) como únicos destinos”, acrescenta.

“O desempenho de maio deixa sinais positivos, mas o setor continua atento à evolução da procura global, aos desafios logísticos e à estabilidade das cadeias de abastecimento”, conclui.

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