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Pós-venda espanhol “perde” mais de dois mil milhões de euros, diz Autopos

Os efeitos da pandemia fazem-se sentir, com gravidade, no pós-venda do país vizinho. Segundo a revista Autopos, 2020 fechará com um prejuízo estimado em mais de dois mil milhões de euros.

São negros os números do pós-venda de nuestros hermanos. Segundo a revista Autopos, o setor deverá encerrar o presente ano com um balanço negativo superior a dois mil milhões de euros. A previsão de receita para o mercado de reposição, em 2020, era de 14,5 mil milhões de euros, mas não deverá ultrapassar os 12 mil milhões. Essa é, de resto, a conclusão do relatório “O pós-venda da covid-19: imunidade ou recaída?”, elaborado pela Solera para a Faconauto, de que dá conta a Autopos.

Os meses de confinamento, a diminuição da quilometragem média e as consequências económicas da pandemia são os fatores, de acordo com o relatório, determinantes. Conforme noticia a revista espanhola, especializada no pós-venda automóvel, “a evolução das reparações durante este ano conheceu três momentos chave e poderá estar a entrar num quarto. O primeiro ocorreu entre os meses de janeiro e fevereiro, onde houve um crescimento de cerca de 3%, para, durante os três meses seguintes, cair para dois dígitos, 58% em média, devido ao confinamento”.

No mesmo texto, pode ainda ler-se que “só em junho, com a desaceleração, o mercado abrandou a sua queda, caindo entre 3 e 6%. Em outubro, coincidindo com a segunda vaga da pandemia em Espanha, o mercado de reposição voltou a perder espaço, em torno de 11%”.

Menos quilómetros…

Entre os fatores que têm afetado a mudança nas projeções, devido à crise sanitária e ao confinamento da população, está, também, a queda na quilometragem média, que ronda os 15%. Algo que terá os seus efeitos a médio prazo, com uma menor procura dos serviços de manutenção por parte dos condutores – que se arrastarão no tempo – e com o consequente desgaste inferior das peças dos veículos.

“Uma diminuição da mobilidade que não resulta apenas das restrições impostas pela propagação do vírus (que tem feito crescer o teletrabalho, por exemplo), mas, também, dos consequentes efeitos económicos, com uma perspetiva de 20% de desemprego que coloca Espanha nos números de 2011, quando os níveis de pessoas sem trabalho ainda não haviam recuperado totalmente”, relata a revista Autopos.

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