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Portugueses consideram que faltou apoio do Estado ao setor automóvel

A percentagem é elucidativa: 73%. Quem o diz é o Observador Cetelem, cujas análises económicas e de mercado, bem como as projeções, foram realizadas em parceria com a C-Ways.

O setor automóvel atravessa um contexto de fragilidade económica impulsionado pela covid-19, em que vê as suas vendas em queda, os empregos reduzidos e as intenções de compra em decréscimo. O cenário torna-se ainda mais alarmante atendendo ao peso deste setor económico em quase todos os países abrangidos pelo Observador Cetelem.

“Só na União Europeia”, dá conta o comunicado, “o setor representa 8,5% da produção industrial global, valor que se traduz em 2,7 milhões de postos de trabalho. Na União Europeia, encontram-se cerca de 200 fábricas especializadas e no espaço europeu perto de 300”.

No mesmo documento, pode ler-se que, “relativamente à produção de automóveis, em 2019, foram fabricados mais de 90 milhões. Estes são alguns indicadores demonstrativos da importância do setor em vários países, mas que, fruto do atual contexto pandémico, tem trazido graves problemas socioeconómicos a diversas famílias”.

Sabia que…

o trabalho de campo quantitativo do estudo foi conduzido pela Harris Interactive de 2 a 11 de setembro de 2020 em 15 países (África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, EUA, França, Itália, Japão, Holanda, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia)? E que, no total, foram entrevistadas 10 mil pessoas online (método de recolha CAWI), com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos?

Esta conjuntura de dificuldade económica coloca em evidência outros problemas, nomeadamente a falta de apoio por parte dos governos. Nos 15 países onde se conduziu o estudo, o Observador Cetelem procurou aferir a perceção dos inquiridos sobre este tema e apurou-se que seis em cada 10 pessoas acreditam que os governos prestaram apoio insuficiente ao setor automóvel.

Em Portugal, este número aumenta, com 73% dos inquiridos a referir que o Estado Português não desempenhou corretamente o seu papel de apoio ao setor. Esta opinião é, aliás, unânime entre os consumidores, com exceção, curiosamente, dos três países que acolhem os maiores fabricantes de automóveis a nível mundial: Japão (34%), EUA (45%) e Alemanha (49%).

Apesar de ser consensual que são precisos mais apoios ao setor, metade dos inquiridos desconhece se o seu governo propôs ou não um plano de apoio automóvel. Em Portugal, 51% afirmou que desconhecia, valor próximo da média europeia (47%) e da média mundial (44%).

Mais sobre o Observador Cetelem aqui.

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