“Cerca de 50% das frotas de ligeiros de passageiros nas empresas será eletrificada dentro de três anos, percentagem que rondará os 20% no segmento de comerciais”. Mais: “42% das empresas portuguesas utiliza telemática para toda ou parte da frota, ligeiramente acima dos 38% da média europeia”. Quem o diz é o Barómetro do Arval Mobility Observatory, da Arval.
A transformação da mobilidade tem sido um dos temas mais debatidos nos últimos anos e é incontornável falar sobre a eletrificação das frotas. O estudo revela “números animadores em relação a essa transformação, já que a percentagem de empresas com viaturas 100% elétricas continua a crescer, contribuindo, assim, para uma mobilidade mais sustentável”, explica a Arval.
37% deseja elétricos
“Em Portugal, prevê-se que, nos próximos três anos, cerca de 50% das frotas de ligeiros de passageiros nas empresas seja eletrificada”, dá conta o estudo da Arval. “No que diz respeito ao segmento comercial, o número rondará os 20%”, acrescenta.
“Atualmente, 37% empresas já utilizam ou tencionam adquirir viaturas ligeiras de passageiros 100% elétricas, um valor abaixo da média europeia (42%). Quando se refere a ligeiros de mercadorias, 28% das empresas dizem que já utilizam ou tencionam adquirir veículos 100% elétricos, uma percentagem ligeiramente acima da média europeia (27%)”, pode ler-se.
E qual as razões para a utilização das viaturas eletrificadas? “Quando se refere a veículos ligeiros, 32% das empresas aponta como principal razão a redução do impacto ambiental; 30% refere a redução de custos e 22% para contribuir para uma melhor imagem da empresa”, revela.
E salienta: “Já no que toca aos veículos comerciais ligeiros, as razões são: reduzir custos com combustível e antecipação de políticas restritivas para viaturas de combustão (33%); adaptação a Zonas de Emissões Reduzidas (23%); redução do impacto ambiental (21%)”.
Desafios das empresas
O futuro da transformação da mobilidade antevê-se “positivo”. No entanto, este não é um caminho que se faz sem alguns desafios. “Prova disso, é que 42% das empresas elege a implementação de energias alternativas na frota entre os três principais desafios, enquanto 35% identifica restrições públicas à utilização carros de combustão, assim como a adaptação a Zonas de Emissões Reduzidas (34%)”, destaca o estudo.
“Comparativamente aos resultados europeus, em Portugal há uma maior preocupação das empresas na implementação de energias alternativas (42% vs 34%)”, revela. “Também outro número contrastante diz respeito à adaptação a Zonas de Emissões Reduzidas (34% vs 25%). isto pode dever-se ao facto de, no nosso país, haver apenas uma ZER, em Lisboa”, dá conta.
“Por outro lado, 17% das empresas assume não estar elegível para relatório de Taxonomia da União Europeia, enquanto 15% não sabe. Já 28% afirma estar elegível este ano e 40% nos próximos dois anos”, esclarece a Arval, em comunicado.
Gonçalo Cruz, head of consulting e do Arval Mobility Observatory, defende que, “apesar da transição energética nas empresas ser urgente e se denotar um esforço para que tal aconteça, ainda há um caminho a ser percorrido e que poderá ser ainda lento”.
Os resultados do Arval Mobility Observatory refletem que as empresas estão “conscientes da urgência da transformação, mas, também, dos desafios que se avizinham, que são transversais a toda a Europa”.
E conclui: “Da nossa parte, iremos continuar a apoiar os nossos clientes no desenvolvimento das suas políticas de frota, encontrando as melhores soluções que promovam e incentivem a escolha de viaturas amigas do ambiente”.
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