“Nas compras para o regresso às aulas deste ano, os encarregados de educação preveem adquirir mais viaturas para os educandos a seu cargo. A mobilidade suave é a categoria que ganha mais terreno, com 24% a ponderar adquirir uma bicicleta ou trotineta vs 5% em 2022, esperando um gasto de €229. Por outro lado, 16% pondera comprar uma scooter ou um automóvel (vs 4% em 2022), prevendo-se um orçamento médio de €2512”, começa por dar conta o Observador Regresso às Aulas 2023.
“Apesar do aumento de compras relacionadas com mobilidade suave, ir de carro com a família para a escola continua a ser a forma de deslocação preferencial da maioria dos estudantes (52%), seguido de 24% que utiliza transportes públicos”, afirma.
“Já 22%, combina a deslocação a pé com outro meio de transporte e 15% a pé. Apenas 3% recorre, exclusivamente, à bicicleta ou trotineta”, pode ler-se no mesmo documento.
Estes são alguns dos dados avançados pelo Observador Regresso às Aulas 2023, um estudo conduzido pelo Cetelem, marca comercial do Grupo BNP Paribas Personal Finance.
Lojas físicas lideram preferências
“Apesar do crescimento do e-commerce, neste regresso às aulas, os encarregados de educação continuarão a privilegiar as compras em lojas físicas (84%) – 56% exclusivamente neste tipo de estabelecimentos e 28% fazendo compras em lojas físicas e online”, revela.
“10% pretende realizar as suas compras apenas em lojas online. 59% tenciona fazer as suas compras em hiper e supermercados, assim como em livrarias e lojas especializadas. 15% escolhe realizar compras nos websites das editoras”, diz.
Mais: “A Área Metropolitana do Porto é a zona do país onde mais encarregados de educação compram material exclusivamente online (12%) e a região centro é aquela onde mais se recorre às lojas físicas (63%)”.
Segundo o Observador Cetelem, “além do material escolar essencial, que reúne 91% da intenção de compra (face a 82% em 2022) e com previsão de gastos na ordem dos €95, 87% dos inquiridos prevê comprar artigos de vestuário (€155) e 83% equipamentos necessários para a realização de educação física (59% em 2022), contando gastar cerca de €89 nestes artigos”.
Intenção de comprar tecnologia duplica
“Este ano, os encarregados de educação farão um maior investimento em produtos relacionados com tecnologia, com a intenção de compra a duplicar para 73% face aos 37% registados em 2022. Um cabaz completo de tecnologia pode ascender a um valor médio de €1198”, afirma o estudo.
“Na lista de compras neste domínio para o ano letivo de 2023/24, encontramos computadores (38%), prevendo-se um gasto médio de €516; impressoras e scanners (25%); periféricos e acessórios de informática (52%) e calculadoras científicas ou gráficas (36%)”, frisa.
“41% aproveitará, igualmente, este período para comprar um telemóvel para o seu educando, 33% um tablet ou leitor de livro digital; 30% para subscrever um pacote com Internet”, dá conta o comunicado.
Tornar compras menos dispendiosas
Recorde-se que, conforme divulgado, o gasto médio total estimado com as compras relacionadas com o regresso às aulas é de €632, um aumento de €107 em relação ao ano passado.
“Perante um contexto de agravamento da sua situação financeira, 95% dos encarregados de educação diz que irá adotar medidas para tornar as compras do regresso às aulas menos dispendiosas, como comprar apenas o essencial e reutilizar material”, refere.
“Ainda assim, apenas 36% dos encarregados de educação afirma ter total capacidade para financiar a educação e 55% revela que não tem uma poupança destinada para fins educativos (+16pp. face a 2022)”, pode ler-se.
E conclui: “22% tenciona utilizar cartão de crédito no regresso às aulas, prevendo gastar, em média, €330, menos do que no ano passado (€406). Apenas 5% dos educadores tenciona solicitar um crédito pessoal para o próximo ano letivo”.
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