Na qualidade de especialista em tecnologia de pastilhas de travão, a TMD Friction está a ajudar a preparar a norma Euro 7 na área de emissões de travão e está a trabalhar em estreita colaboração com fabricantes de veículos e outros fornecedores.
“Uma fórmula inovadora para pastilhas e revestimentos de travão que produzem baixos níveis de partículas também está em desenvolvimento, com o objetivo de ajudar os fabricantes de veículos em todo o mundo a avançar para uma mobilidade livre de poluentes e emissões”, adianta a empresa, em comunicado.
Durante muitos anos, as emissões produzidas pelos motores de combustão têm sido uma questão premente aos olhos do público e para a qual se aplicam diretrizes rígidas em toda a UE. Desde 1992, existem valores limite legalmente especificados em toda a Europa para emissões poluentes de veículos novos, com o objetivo de proteger as pessoas e o ambiente.
Os primeiros regulamentos de gases de escape padronizados para veículos ligeiros na União Europeia entrarão em vigor em 1970. O termo comum de hoje “padrão Euro” foi introduzido em 1992, com a norma de emissões de escape Euro 1.
A Euro 6 é, o atualmente, a que está em vigor. Como resultado de valores limite cada vez mais rigorosos e tecnologia cada vez mais sofisticada, os sistemas de transmissão dos veículos modernos tornaram-se mais limpos e a poluição de partículas finas causadas pela combustão diminuiu.
No entanto, apesar desse sucesso por parte da indústria automóvel e do número crescente de veículos elétricos, a poluição causada por partículas finas – principalmente nas cidades – continua alta. Como consequência, as emissões provenientes do escape são o foco das atenções.
“Isto acontece porque a maioria das partículas finas no tráfego rodoviário não são mais causadas pelos sistemas de escape, mas – independentemente da tecnologia de acionamento – por abrasão nos travões e pneus”, explica a TMD Friction.
“Com a norma Euro 7, a luta contra as partículas foi alargada a estas emissões, reconhecidamente nocivas para a saúde e para o ambiente, de forma a aproximar-se dos objetivos da UE de mobilidade livre de poluentes e emissões”, sublinha a mesma fonte.
“A chave para o novo padrão Euro 7 é encontrar um método que seja, por um lado, padronizado e reprodutível. Por outro, reflita a realidade o mais próximo possível. Para desenvolver uma abordagem adequada como base para o Euro 7 na área de emissões de travões, especialistas da indústria automóvel e fornecedores foram selecionados para formar o grupo de trabalho do Programa de Medição de Partículas (PMP) para a Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE)”, afirma.
“Desde 2016, como especialista em tecnologia de revestimentos e com pesquisa, desenvolvimento e produção próprios, a TMD Friction é membro ativo deste grupo de trabalho e partilha a sua experiência no campo das emissões de travagem A empresa é representada por Philipp Nyhof, engenheiro de desenvolvimento da TMD Friction”, revela.
“Trabalhando com representantes de fabricantes de veículos, com outras marcas de travões e, também, com fabricantes de equipamentos de teste e instituições de pesquisa, Philipp Nyhof examina e desenvolve métodos que permitirão que a abrasão causada pelo processo de travagem seja medida de forma fiável e padronizada no futuro”, sublinha.
Enquanto os gases de escape combinados podem ser registados de forma relativamente simples no tubo de escape usando uma sonda, os componentes do travão giram na roda. “Tal faz com que as partículas escapem não numa única direção, mas sim, graças à rotação da roda, aro e disco de travão, em muitas direções diferentes”, pode ler-se no mesmo documento.
“Portanto, medir as emissões de pó de travagem no veículo é muito mais difícil. Ao trabalhar na bancada de teste, é um desafio captar todas as partículas de travão. Uma solução potencial poderia ser encapsular totalmente o sistema para que nenhuma partícula possa escapar”, acrescenta.
E vai mais longe: “No entanto, tal afetaria o desempenho de travagem, pois o encapsulamento poderia dificultar a dissipação de calor. Consequentemente, as medições feitas na bancada de teste devem ser realizadas utilizando a carcaça do travão. Além disso, são necessárias, pelo menos, duas posições de medição separadas – uma no eixo dianteiro e uma traseira”.
Os engenheiros da TMD Friction não estão apenas a avançar no caminho para a mobilidade de baixa emissão, participando do projeto de métodos apropriados para medir as emissões de poeira de travão. Estão, também, a trabalhar, ativamente, com os fabricantes de veículos numa fórmula de revestimento inovadora que permite travagem.
Inevitavelmente, pressionar o travão fará com que o pó preto seja formado. Quando as pastilhas e o disco de travão entram em contacto, pequenas partículas são esfregadas e lançadas para o ar. Há muito tempo que a TMD Friction utiliza misturas de pastilhas ecológicas para reduzir essas partículas finas.
No departamento de desenvolvimento da empresa, onde são criadas todas as pastilhas das marcas Textar, Mintex, Don, Pagid, Cobreq, Nisshinbo e Bendix, tanto para o mercado de equipamento original como para o mercado de reposição, a proteção da saúde e do ambiente, juntamente com a segurança, são as principais prioridades.
Vincenzo Di Caro, gestor de Programas de Veículos da TMD Friction, afirma: “A abrasão mecânica causada pela travagem cria partículas finas que são libertadas para o ambiente e podem levar a distúrbios respiratórios e cardiovasculares. Portanto, é importante saber exatamente quais materiais a utilizar. E é exatamente isso que fazemos, conscientemente, em cada processo de desenvolvimento nos nossos próprios laboratórios”.
Segundo diz, “em 2013, fomos o primeiro fabricante de pastilhas de travão a desenvolver um material de fricção sem cobre como equipamento de origem para veículos alemães de elevado desempenho: os BMW M3 e M4. E grande parte do mercado de reposição, agora, mudou para materiais sem cobre”, afirma.
E conclui: “Desde 2011, fornecemos ao IAM a epad, uma pastilha especial que reduz, significativamente, as emissões de pó em relação às pastilhas convencionais. Através de soluções como esta, estamos a contribuir, significativamente, para uma travagem ecologicamente correta”.
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