A tecnologia de um veículo elétrico é muito diferente da de um veículo equipado com motor de combustão, pelo que a sua inspeção técnica também é especial.
Por este motivo, a Euromaster, especialista no cuidado e manutenção integral de veículos, explora os seis elementos-chave a verificar especificamente num veículo com estas características.
A bateria é o principal componente técnico dos automóveis elétricos e híbridos plug-in, pelo que a verificação do seu “estado de saúde” é vital para o seu bom funcionamento.
A este respeito, a Euromaster assinou, recentemente, um acordo com a empresa especializada AVILOO para certificar o estado das baterias nas oficinas da rede.
Este teste de certificação demora apenas três minutos e é efetuado através da ligação dos vários dispositivos de certificação à tomada OBD (On Board Diagnostics).
Durante o processo, são tidos em conta os dados da análise no local e o historial do veículo. Assim, com uma determinada pontuação, este teste analisa variáveis como o consumo total de energia, ciclos de carga completos ou incompletos ou o estilo de condução do utilizador, entre outros.
Este teste também pode ser utilizado para detetar possíveis avarias ou problemas internos, emitindo uma mensagem de alerta com as especificações precisas do incidente em questão.
Dentro das “entranhas” de um veículo elétrico, é crucial que tanto a bateria como o transformador funcionem em condições de temperatura ótimas. Por isso, os construtores decidiram acrescentar um sistema de ventilação/arrefecimento, refrigerado a água ou a ar.
No primeiro caso, o reservatório deve ter sempre o nível ótimo de líquido, pelo que é essencial vigiar o nível e garantir que não há fugas. Além disso, o líquido de arrefecimento do sistema deve ser substituído quando estiver em mau estado ou nos intervalos especificados pelo fabricante.
Para o sistema de arrefecimento a ar, o filtro deve ser verificado quanto a obstruções e substituído periodicamente se estiver em mau estado, uma operação que deve ser incluída em cada manutenção.
Os pneus para veículos elétricos diferem em termos de desempenho dos pneus de um veículo de combustão em três aspetos principais: devem ser muito resistentes devido ao peso normalmente superior de um veículo elétrico; devem ser capazes de suportar a força total do elevado binário dos motores elétricos, que é, regra geral, muito enérgico e instantâneo; tendem a ter uma baixa resistência ao rolamento.
Os pneus específicos para veículos elétricos tendem a ter dimensões especiais. Em termos de manutenção, tal como nos veículos de combustão, é aconselhável verificar a pressão dos pneus uma vez por mês.
Muitos fabricantes de veículos elétricos também recomendam a mudança de pneus da frente para trás e vice-versa uma vez por ano, de modo a garantir um desgaste uniforme nas quatro rodas.
Existem dois sistemas de travagem num veículo elétrico. Em primeiro lugar, a travagem regenerativa, que é ativada quando o travão é ligeiramente acionado ou o pé é levantado do acelerador, transformando a energia cinética em energia elétrica que é armazenada nas baterias. Em segundo lugar, existe a travagem tradicional, em que a ação combinada das pastilhas e dos discos de travão leva o veículo a parar completamente.
Num veículo elétrico, o sistema mais utilizado é a travagem regenerativa, pelo que os travões mecânicos são menos utilizados. No entanto, quando têm de entrar em funcionamento real em situações extremas de travagem intensa, os discos podem atingir temperaturas muito elevadas, deformando a sua estrutura e tendo, por isso, de ser substituídos.
O maior peso de um veículo elétrico e o elevado binário dos seus motores são dois fatores que fazem com que a suspensão e a direção sejam sujeitas a tensões, resultando em folgas nas juntas esféricas da suspensão e nos diferentes elementos da direção. A este respeito, a Euromaster recomenda um controlo rigoroso dos braços da suspensão e do alinhamento da direção, pelo menos, uma vez por ano.
Para o funcionamento correto e ideal de todo o sistema de cabos de alta tensão, este deve estar devidamente isolado e nenhum dos fios deve estar desgastado ou “mastigado” por razões de segurança.
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