“Um avô de 93 anos deu o seu aval à tecnologia de condução autónoma atualmente a ser desenvolvida pela Nissan, afirmando que tem o potencial de manter a mobilidade e a independência dos condutores com idade mais avançada, como ele”, começa por revelar a marca japonesa.
Brad Ashton, de Enfield, experimentou a tecnologia inovadora quando a Nissan assinalou o culminar do seu projeto de investigação evolvAD. Brad foi convidado pela Nissan para dar uma volta pelas estradas rurais perto do Centro Técnico da empresa, em Cranfield, onde o trabalho nos sistemas de condução autónoma (AD) continua a bom ritmo.
Brad, argumentista de comédia reformado que preparou material para artistas como Groucho Marx, Tommy Cooper e Les Dawson, conduz desde 1947. Atualmente, conduz um Nissan Micra, que utiliza para ajudar a cuidar da sua mulher, Valerie, na qualidade de principal prestador de cuidados, e para visitar uma padaria em Cockfosters, não muito longe da sua casa. O casal está casado desde 1961.
“Novas tecnologias como esta são fantásticas e é importante adotá-las”, disse, refletindo sobre a sua experiência de condução autónoma. “Em 1947, os carros eram diferentes – era preciso ligá-los à manivela – por isso sempre me perguntei como seriam os carros do futuro – e é isto”, acrescentou.
“Fiquei muito orgulhoso por ser a primeira pessoa mais velha a experimentar este carro”, revelou. “Foi emocionante viajar por estas estradas rurais sinuosas com a equipa – pensei que me sentiria assustado ou preocupado, mas senti-me seguro e relaxado durante toda a experiência”, frisou.

Experiência na primeira pessoa
“Ser independente e continuar a poder conduzir é muito importante para mim – o meu carro é vital porque o serviço de autocarros local é bastante fraco e a minha mulher não pode apanhar um autocarro”, explicou.
“Pessoas como eu, que dependem de um carro ou que não podem conduzir, beneficiarão desta tecnologia para se manterem em contacto com os amigos e a família e para não se sentirem isoladas, especialmente nas zonas rurais, onde há menos opções de transporte, como os táxis”, afirmou.
“Mas há uma coisa: seria ótimo se os carros sem condutor do futuro conseguissem encontrar um lugar de estacionamento”, desejou. A viagem de Brad coincidiu com a divulgação dos resultados de um grande inquérito encomendado pela Nissan, centrado nas formas como a tecnologia pode ajudar as pessoas mais velhas a combater o duplo problema da solidão e do isolamento.
O inquérito, realizado pela OnePoll, que envolveu 1.000 participantes com mais de 70 anos, revelou que mais de metade dos inquiridos se sentiria incapaz se tivesse de deixar sde conduzir. E quase dois terços (63%) salientaram a importância de não ter de depender de terceiros para as necessidades diárias de transporte, como ir às compras ou visitar amigos.
64% dos inquiridos também afirmou que gostaria que as “invenções do futuro” – como os automóveis sem condutor – os ajudassem a permanecer independentes, com um em cada cinco a afirmar que aceitaria de bom grado dar uma volta num automóvel autónomo se este os ajudasse a manter a mobilidade sem assistência.

Projeto evolvAD
A mobilidade é, também, vital para ajudar as pessoas mais velhas a manterem o tão apreciado contacto presencial com os outros, com 21% a afirmar que prefere comunicar pessoalmente com amigos e familiares, em vez de utilizar uma alternativa online.
A Nissan tem uma reputação bem merecida e pioneira no campo da condução autónoma. A empresa é um dos cinco parceiros industriais que, recentemente, anunciaram ter concluído, com sucesso, o mais recente projeto de investigação de condução autónoma do Reino Unido – evolvAD – o mais rigoroso até à data.
Este projeto baseia-se nos anteriores projetos de condução autónoma apoiados pela Nissan realizados no Reino Unido – HumanDrive e ServCity – com o objetivo geral de tornar a mobilidade autónoma mais próxima da realidade, como parte da visão global da empresa para um mundo mais seguro, mais limpo e mais inclusivo.
Como líder técnico do evolvAD, a Nissan ajudou a facilitar a condução de mais de 16 mil km autónomos em autoestradas, estradas urbanas, ruas residenciais e estradas rurais do Reino Unido, sem acidentes.
Também foram dados passos impressionantes no Japão, país de origem da Nissan, onde um veículo de teste sem condutor navegou numa estrada pública num ambiente urbano complexo.

Antecipar o futuro
David Moss, vice-presidente sénior de Investigação e Desenvolvimento da região AMIEO da Nissan, afirmou que “tem sido um privilégio trabalhar com os nossos parceiros dedicados para fazer avançar a mobilidade autónoma”.
Segundo disse, “para além de tornar a condução mais segura, reduzindo o erro humano, e mais limpa, melhorando a eficiência, esta tecnologia pode dar acesso à mobilidade a muito mais pessoas que, atualmente, não a podem ter devido à sua localização, idade ou deficiência”.
E foi mais longe: “A nossa talentosa equipa britânica do Centro Técnico Europeu da Nissan em Cranfield vai continuar a desenvolver esta tecnologia. Estamos entusiasmados com a perspetiva de levar os serviços de mobilidade autónoma aos clientes nos próximos anos”.
De acordo com o responsável, “foi com orgulho e prazer que recebemos Brad para testar a tecnologia em estradas rurais típicas do Reino Unido e mostrar aos outros o que o futuro nos reserva”.
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