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“Não tive um carro de sonho: era uma mula branca”, diz Tio Jel à Oficina Vip

O convidado da Oficina Vip acredita que o “sal grosso” pode até vir a ser o combustível do futuro, mas não para a sua mula branca imaginária, que é vegan...
Check-up Media Tio Jel

Jel. Três letras para um “nome de guerra” que integra múltiplas personagens destemidas e, digamos, despenteadas. Nunca tantos foram tão poucos. Um, muitas vezes. Ou dois, como nos Homens da Luta”, na primeira década do milénio, período em que Nuno Duarte, “Jel”, de megafone na mão, e o seu irmão, Vasco Duarte “Falâncio”, revolucionavam o humor.

Subversivos e interventivos, chegaram, inclusivamente, em 2011, à final da Eurovisão, em Düsseldorf, na Alemanha, como representantes de Portugal, com a música “A Luta é Alegria”.

Impossível esquecer a sua ação radical na inauguração do Túnel das Amoreiras, no dia 25 de Abril de 2007. “E o povo, pá?”, gritava Jel, com a guitarra de Falâncio a fazer-se ouvir, juntamente com um revolucionário “cri, cri, cri”.

“Não convidaram as pessoas para a inauguração? É privado?”, perguntava aos atrapalhados ministros presentes. “E o cravo na lapela? Também quero ir à apresentação beber Martinis e comer croquetes”, atirava Jel, ainda antes de ser “levado” do local para voltar, mais tarde, pendurado no teto de abrir para continuar a luta.

Outros tempos, mas que continuam bem presentes na memória coletiva. Na visita à Oficina Vip, Jel confessa que, ainda hoje, quando passa no Túnel das Amoreiras, há uma frase que lhe aparece na mente. “Dá-lhe Falâncio!”…

O humorista não é um “aficionado” por automóveis. Conduz um Renault Clio e admite que nunca sonhou com um Porsche ou um Ferrari quando era criança. Nada disso. “Não tinha um carro de sonho, mas adorava ter uma mula branca”. Uma mula branca? Sim, “uma mula branca”.

Check-up Media Tio Jel shirt

“Sal grosso” é a receita do “tio Jel para quase todas as maleitas da vida. Basta acompanhá-lo, regularmente, no seu canal de YouTube para o entender. Ora, numa altura em que a indústria automóvel tanto procura uma solução sustentável para a mobilidade, será que o “sal grosso” poderá vir a ser o combustível do futuro? “Pode, mas não para a minha mula, que é vegan”, explica Jel à Oficina Vip.

Das muitas histórias passadas ao volante dos tempos dos “Homens da Luta”, guarda um episódio peculiar. “Uma vez, fui perdoado de uma multa porque tinha no porta-bagagens uma bandeira do sindicato da PSP que me tinham dado numa manifestação”, recorda o humorista.

Quanto a mecânica, não contem com Jel. Até porque não precisa. “Na mula, só mudo as ferraduras e aperto a sela”. As revisões, quando realizadas a mulas brancas e, sobretudo, adeptas do veganismo e imaginárias, de resto, ficam mais baratas. Disso não duvidará o povo.

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