Reaproveitar. Esta é a palavra de ordem. E a Michelin está a testar uma solução para conseguir produzir pneus para automóveis com base no plástico das garrafas. Trata-se de uma parte integrante da sua estratégia der sustentabilidade, que prevê, que, até 2030, 40% dos materiais utilizados nas suas linhas de produção sejam reutilizáveis ou reciclados.
Não se trata de uma questão menor. Todos os anos, cerca de três mil milhões de garrafas de plástico poderiam ser reutilizadas na produção de pneus para veículos. Mas grande parte destes desperdícios acaba no fundo do mar.
Neste sentido, a Michelin associou-se à (também) francesa Carbios, empresa na área da bioquímica, pioneira no desenvolvimento de soluções industriais dedicadas à reutilização de polímeros plásticos, através de um processo inovador de reciclagem enzimática para obter fibras técnicas de PET utilizadas no fabrico de pneus.
A solução da Carbios recupera resíduos plásticos, como garrafas, convertendo-os em polietileno tereftalato, ou PET. A grande inovação está, também, na possibilidade de garantir a reciclagem infinita de todos os tipos de resíduos de PET, assim como a produção de produtos 100% reciclados e totalmente recicláveis.
Exibe a mesma qualidade de qualquer fibra técnica de PET primário procedente do petróleo, totalmente adequada para o fabrico de pneus, devido à sua resistência à rutura e à sua estabilidade térmica. Segundo as duas empresas, estão lançadas as bases para a criação de um modelo de economia circular rumo ao pneu 100% sustentável.
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