O mercado automóvel de usados manteve, em julho, uma “dinâmica positiva”, segundo o Barómetro Standvirtual / ACAP. Face ao mesmo mês de 2024, a “procura por ligeiros de passageiros cresceu 16%, mantendo-se acima da oferta, que registou uma quebra de 3%”, refere a ACAP, em comunicado. No total, a dinâmica do mercado “subiu 20%, consolidando a tendência de crescimento que se verifica desde outubro do ano passado”, diz.
Veículos acessíveis
A análise por segmentos de preço mostra que a procura continua particularmente forte nos veículos mais acessíveis. “Os carros com valor inferior a €15.000 registaram um aumento expressivo de +23%, enquanto os modelos entre €15.000 e €30.000 cresceram +11%. Já a procura por automóveis acima dos €30.000, avançou +7%”, sublinha a associação.
Do lado da oferta, a tendência é mista: “Houve um aumento na disponibilidade de veículos com preços até €15.000 (+5%) e superiores a €30.000 (+3%), mas registou-se uma quebra de 9% nos modelos entre €15.000 e €30.000”, reforça a mesma fonte.
Peso das importações
As importações continuam a ganhar peso no mercado. “Em julho, o número de ligeiros de passageiros importados subiu +9,8% face a julho de 2024 e +48,6% comparativamente ao mesmo período de 2019. Entre janeiro e julho de 2025, o crescimento acumulado foi de +11,9% face ao período homólogo do ano anterior”, revela a ACAP, no mesmo documento.

O preço médio dos usados comercializados por vendedores profissionais voltou a subir, fixando-se nos €24.800 em julho. “Este valor representa um aumento de +2,9% face ao mesmo mês de 2024, quando o preço médio era de €24.100”. Segundo dados do barómetro, os preços “registaram um ligeiro aumento nos leilões face a junho, mas caíram levemente no retalho”.
Energias alternativas
O mercado automóvel novo também registou sinais positivos. De acordo com a ACAP, as “vendas de veículos novos cresceram 18,9% em julho face a 2024, com um aumento acumulado de 5,9% em 2025”, afirma.
“A penetração das energias alternativas continua a acelerar: em abril, representaram 62% das vendas de ligeiros novos — dos quais 21% elétricos, 23% híbridos (HEV) e 18% híbridos plug-in (PHEV) — contra 53% no mesmo período do ano passado”, conclui.
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