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Mazda CX-5 2.2 Skyactiv-D: espécie em extinção

Com os veículos a gasóleo a perderem expressão, ainda fará sentido optar por um? Com o CX-5 2.2 Skyactiv-D, de 184 cv, a Mazda pretende demonstrar que sim.
Check-up Media Mazda CX-5

Lançado em 2012, o CX-5 foi o primeiro Mazda a exibir o design Kodo e a tecnologia Skyactiv. Este modelo estabeleceu novos padrões em termos dinâmicos, alterando a perceção sobre a forma como um SUV compacto poderia ser envolvente.

Seguiu-se a segunda geração e as sucessivas atualizações que permitiram aos engenheiros da Mazda elevar o conceito Jinba Ittai (que é como quem diz, automóvel e condutor como um só) a patamares cada vez mais elevados em termos de design e de engenharia.

Tal foi conseguido através de refinamentos e melhorias no estilo exterior e interior, na qualidade do habitáculo, na tecnologia, nas motorizações, na dinâmica de condução e na segurança, tornando o CX-5 mais confortável, mais requintado e com maior poder de resposta.

Por isso, foi, sem surpresas, que a Mazda efetuou, em 2023, um conjunto de pequenas evoluções, de modo a ir ao encontro das diferentes necessidades dos clientes do segmento dos SUV médios.

A composição da gama contempla, agora, sete níveis de equipamento e três motorizações térmicas (a gasolina e Diesel), permitindo amplas configurações de acordo com as preferências e necessidades de cada consumidor.

Check-up Media Mazda CX-5 interior
Vermelho de desejo

Do ponto de vista estético, não se registam alterações significativas nesta nova atualização face ao anterior modelo. A unidade a que o Check-up teve acesso, pintada na atraente cor vermelho “soul cyrstal” (opção que custa €900), conta com jantes pretas de 19” por via do nível de equipamento Homura.

De resto, a atraente grelha escura (onde pontificam quatro pequenos traços vermelhos do lado direito), os faróis esguios, os vidros traseiros escurecidos e o acabamento em preto brilhante nas capas dos retrovisores, cavas das rodas, para-choques e minissaias laterais dão elegância ao conjunto e atenuam o peso da idade.

Por dentro, o CX-5 seduz pelo amplo espaço disponível para ocupantes e bagagem, pelo nível de equipamento recheado, onde não falta conectividade, pelos dispositivos de segurança presentes em número elevado e pela ergonómica distribuição de todos os comandos.

O posto de condução é muito bom, fruto, também, da grande de amplitude de ajustes, da boa pega do volante e do eficaz apoio do banco. Quanto à qualidade de construção, situa-se num patamar elevado, por via da melhoria dos materiais empregues, nomeadamente plásticos e revestimentos.

Check-up Media Mazda CX-5 rear

As melhorias adicionais introduzidas em termos de NVH (ruído, vibração e aspereza) e nas tecnologias de segurança i-Activsense, bem como as revisões aos sistemas de suspensões e direção (esta com assistência elétrica), permitem ao CX-5 estar aí “para as curvas”.

Carácter transparente

Na revisão ao seu SUV do segmento médio, a Mazda optou por manter a divisão entre os motores Diesel Skyactiv-D (2.2 de 150 cv ou 184 cv) e os propulsores a gasolina e-Skyactiv-G (2.0 de 165 cv e 2.5 de 194 cv, ambos agora mild hybrid), que podem associar-se a caixas de seis velocidades manuais ou automáticas e a sistemas de tração dianteira ou integral.

No caso da versão aqui em apreço, 2.2 Skyactiv-D de 184 cv com caixa automática e tração dianteira, a combinação não poderia resultar melhor. Ainda que os veículos a gasóleo tenham vindo a perder expressão face às variantes a gasolina, como traduzem as vendas, a Mazda demonstra que, no caso do CX-5, este conceito (ainda) faz todo o sentido.

Os consumos reduzidos e a boa capacidade de resposta do motor em quase todos os regimes (ainda que não estejamos perante 184 cv de corrida), contribuem para a elevada competência dinâmica deste SUV, que se pauta, também, pelo nível de conforto deveras convincente.

Check-up Media Mazda CX-5 engine

De atuação rápida e inteligente na avaliação das situações, a caixa automática de seis velocidades vem tornar a condução mais fácil e relaxante. A direção é informativa q.b. e os travões são competentes, permitindo perfeitamente ao condutor adotar um estilo mais impulsivo.

Apesar da sua volumetria e de estar desprovido de um ajuste mais firme na suspensão, o CX-5 não exibe um acentuado rolamento da carroçaria em curva, que acaba por manter sempre a compostura e a homogeneidade do comportamento. A estabilidade e a tração são sempre boas.

A gama do CX-5 está disponível desde €36.664. No entanto, a versão ensaiada pelo Check-up custa uns menos apelativos €55.807 (mais €900 da pintura), devido às características acima mencionadas. Valor que se aceita, mas que não deixa de ser algo elevado. Contudo, a Mazda está a oferecer um desconto de €7.000 ao abrigo da sua campanha de financiamento.

Mais sobre a Mazda aqui.

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