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Manutenção é o custo mais afetado pela inflação

Custos elevados de manutenção são o principal obstáculo à compra de automóvel. 41% dos inquiridos afirma não ter possibilidades financeiras para adquirir veículo.
Check-up Media car maintenance

O contexto económico adverso que vivemos atualmente tem impacto em diversas áreas. E o setor automóvel não é exceção. Tal é visível nos resultados do Observador Automóvel 2024, estudo realizado pelo Cetelem, marca comercial do Grupo BNP Paribas Personal Finance, que revela que os custos associados ao carro são o principal obstáculo à compra ou troca de viatura.

“A manutenção dos veículos é dos temas que mais preocupa os consumidores portugueses (45%) e que mais os faz hesitar na compra de carro hoje, seguindo-se o custo dos combustíveis (38%), a diminuição do poder de compra (38%) e os impostos associados (32%)”, revela o estudo da Cetelem. “Recorde-se que, só no ano passado, em Portugal, por exemplo, o preço do petróleo aumentou 1,94% (+0.8 do que em 2022)”, reforça a mesma fonte.

Custos elevados

“Neste contexto, sete em cada 10 portugueses pensam ser difícil comprar viatura, sendo que 82% antecipa, igualmente, um aumento dos preços das viaturas novas”, dá conta.

“A par dos custos, os portugueses consideram, ainda, a decisão de comprar carro difícil devido à variedade de marcas e à proliferação de opções disponíveis no mercado”, esclarece a Cetelem.

“É que, se há uns anos, a escolha dos consumidores era apenas entre pró-gasolina e pró-Diesel, atualmente as opções incluem, também, elétrico, full-hybrid e híbrido plug-in, para não falar dos biocombustíveis e do hidrogénio de forma residual”, diz.

Check-up Media Cetelem

Consequentemente, “apenas 17% dos inquiridos portugueses quer comprar carro este ano, sendo que 7% pretende adquirir um novo e 6% um usado. Já 42% dos que ponderam comprar um carro, asseguram que não o fará este ano, seja porque não precisam de um novo veículo imediatamente (42%) ou porque não dispõem de recursos financeiros (41%) ou estão à espera que os preços baixem (16%)”, acrescenta.

Entre os que afirmam que não querem comprar carro, “43% justifica, igualmente, com a falta de recursos financeiros e 47% diz não precisar. 15% fala em incerteza, seja sobre os combustíveis ou das regulações no futuro”, adianta ainda o estudo.

Apesar disso, devido aos custos elevados dos veículos elétricos, a tendência de compra dos portugueses recai sobre os carros de combustão (35%) em comparação com os carros elétricos (28%).  De referir, no entanto, que, em 2023, o mercado automóvel cresceu 26% e mais de metade das vendas novas foram de energias alternativas, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Aumento dos preços

“A incerteza reflete-se nas intenções de compra dos condutores e sente-se um pouco por todos os 16 países inquiridos. Apenas um em cada quatro planeia comprar carro no decorrer de 2024, sendo que 54% irá optar por uma viatura nova e 29% por um carro usado”, revela.

“Por outro lado, cerca de quatro em cada 10 não têm qualquer intenção de comprar veículo novo ou não o farão durante, pelo menos, um ano. Para aqueles que não querem comprar viatura nova, quase metade afirma que não precisa de uma”, explica a Cetelem, em comunicado.

Check-up Media Cetelem countries

A subida dos custos relacionados com o uso do automóvel também é transversal. “No total, cerca de nove em cada 10 condutores sentiram aumentos do preço da gasolina, do gasóleo e da eletricidade”, avança.

“A manutenção do veículo também parece estar a tornar-se cada vez mais cara. Depois da energia, é, efetivamente, a manutenção que é mais penalizada pela inflação: três em cada quatro pessoas já o constataram”, indica o estudo.

“O aumento do custo dos veículos novos surge em quarto lugar nesta classificação, à frente dos veículos usados, mas em proporções equivalentes, com sete em cada 10 pessoas a assinalarem este facto. Além disso, 76% dos automobilistas espera um aumento nos preços dos carros novos nos próximos anos”, sublinha.

Embora as vendas tenham aumentado, em média, “quase 20%, o panorama das motorizações expandiu-se ao ponto de os condutores terem, agora, muita oferta, tornando a escolha mais complexa, como mostram os resultados: em média 58% dos inquiridos considera a escolha difícil”, conclui a Cetelem no mesmo estudo.

Mais sobre o Observador Cetelem aqui.

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