Laranjeira & Lopes: a casa de peças que toda a Sertã conhece cresce com a GoShop

Fundada por Luís Laranjeira, a Laranjeira & Lopes afirma-se no mercado pela proximidade aos clientes e pela aposta na comunidade GoShop.
Check-up Media Laranjeira & Lopes

Na Sertã, há nomes que dispensam apresentações. Dizer “o Laranjeira das peças” é suficiente para identificar uma casa que se tornou símbolo local, no setor, uma empresa construída com trabalho diário, proximidade e uma relação de confiança que atravessa anos.

A Laranjeira & Lopes é, hoje, mais do que uma loja de peças: é um ponto de passagem obrigatório para oficinas e clientes que valorizam o contacto humano, reforçado, nos últimos tempos, pela integração na comunidade GoShop.

Início da aventura

A origem do negócio tem algo de improvável e muito de persistente. “Tudo começou com uma brincadeira”, recorda Luís Laranjeira. Na altura, trabalhava numa casa de peças concorrente, ali mesmo ao lado, e quando faltava uma peça costumava dizer, em tom irónico, que “este ano não havia, mas para o ano haveria ali à frente”.

Os edifícios estavam em construção e, em 2004, a brincadeira transformou-se em realidade com a abertura da Laranjeira & Lopes. Era o início de uma longa aventura.

Antes disso, houve uma pausa forçada e necessária. “Quando saí da outra casa estava saturado das peças. Tirei umas férias e saí sem saber o que iria fazer”, conta. O afastamento serviu apenas para confirmar o caminho.

Check-up Media Laranjeira & Lopes outside

“Depois de algum tempo de reflexão, decidi apostar nesta casa, porque não sei fazer outra coisa. Já tinha quase oito anos de experiência no setor”, revela. A partir daí, o crescimento foi feito passo a passo. “Pouco a pouco, a casa foi-se construindo”, conta o responsável ao Check-up.

Relações de confiança

Hoje, os desafios são diferentes. “O maior problema é a falta de mão de obra. Não se consegue. Neste momento, somos apenas dois”, explica, referindo Rui Silva, o colaborador que o acompanha.

O ritmo é intenso e exige sacrifícios pessoais. “Venho para a loja às 7h e saio às 21h. Tenho dois miúdos pequenos e a minha mulher tem uma escola de condução aqui na Sertã.” Ainda assim, o compromisso mantém-se intacto.

Esse esforço reflete-se na relação com os clientes. “Tenho muitos e bons clientes, graças a Deus. Estão fidelizados e dão-me preferência”, afirma. A base do negócio é, claramente, oficinal, mas há, também, particulares.

“São pessoas amigas, que não olham tanto ao preço, mas à pessoa. E, isso, é algo que tenho de agradecer”, congratula-se.

Check-up Media Laranjeira & Lopes products

Para Luís Laranjeira, apesar de todas as transformações do setor, “ainda é um negócio de pessoas. Cada vez menos, é verdade, mas ainda há palavra e bom senso”. E o facto de ser da terra continua a contar: “Como sou da Sertã, as pessoas preferem ajudar os da terra”, confessa.

Desde o início, algumas marcas acompanham a história da empresa. “Na travagem, a TRW. Depois, a Valeo. Nos lubrificantes, Castrol, LIQUI MOLY, Shell, Total e ELF”, enumera. A escolha obedece sempre ao mesmo critério.

“Temos apostado muito na LuK e na SKF. Produtos com preço e qualidade, sobretudo esta última. Caso contrário, mais à frente traz-nos problemas. A nós e aos fornecedores”, sublinha o responsável.

Trabalhar em comunidade

Quanto aos veículos elétricos, a abordagem é prudente. “Ainda não investi. Já vendi qualquer coisa, mas não vejo isso como futuro”, admite, sem certezas absolutas. “Quem sou eu para dizer? Já vendi sinoblocos e escovas limpa-vidros para alguns Tesla, mas pouco mais”, diz.

A ligação à Romafe vem de longe. “Conheço a Romafe há 30 anos. Comecei pela indústria, depois pela gama automóvel, ainda quando trabalhava por conta de outrem, sobretudo com rolamentos SKF”, diz.

Check-up Media Laranjeira & Lopes portfolio

Nos últimos anos, essa relação ganhou novo fôlego. “Com o Eng.° José Carvalho, há cerca de meia dúzia de anos, têm feito um excelente trabalho. Têm-me ajudado e eu tenho apostado muito neles — e quero fazê-lo cada vez mais”.

Integrado na comunidade GoShop há três anos, Luís Laranjeira encara esta ligação como estratégica. “No ano passado, estive um pouco mais ausente, mas era como se estivesse presente, porque continuei a comprar igual e a dar preferência a quem nos ajuda”, afirma.

Num mercado cada vez mais concentrado, a decisão ganha peso. “Há ‘tubarões’, grupos grandes, cada vez mais agrupados, com preços imbatíveis. Por vezes, a concorrência é desleal e não olha a meios para atingir os objetivos”, lamenta Luís Laranjeira.

Valor da confiança

É neste contexto que o posicionamento da casa se afirma pela diferença. “O nosso lema é servir sempre o cliente da melhor maneira possível. Desde o início foi essa a nossa base”, sublinha. Para Luís Laranjeira, a melhor publicidade continua a ser a confiança. “Se o cliente sair satisfeito, não preciso de grande publicidade. Ela faz-se sozinha”, garante.

E o nome, na Sertã, diz tudo. Apesar do “Lopes” na designação oficial, o reconhecimento é claro. “Se perguntar quem é o Lopes, ninguém sabe” – era um sócio que já não está na empresa. “Se perguntar quem é o Luís Marçalo, também não – é o meu nome. Mas se perguntar quem é o Laranjeira das peças, 90% das pessoas sabe”, enfatiza.

É essa identidade forte, enraizada na terra e nas pessoas, que a Laranjeira & Lopes leva agora consigo dentro da comunidade GoShop, reforçando um “caminho feito de proximidade, consistência e visão de futuro”.

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