A JLR está a testar a utilização de drones no Centro de Produção de Propulsão Elétrica (EPMC), em Wolverhampton, conseguindo “reduzir em até 95% o tempo necessário para inspecionar máquinas e infraestruturas”, adianta.
O projeto-piloto, iniciado no âmbito da estratégia Reimagine, representa um avanço importante na eficiência operacional e na segurança das equipas, alinhado com a visão da empresa para as fábricas do futuro.
Eliminar riscos
“O modelo Elios 3, desenvolvido pela Flyability, permite aceder a áreas altas e espaços confinados, possibilitando que as inspeções sejam feitas a partir do piso da fábrica, sem recurso a plataformas elevadas e diminuindo, significativamente, os riscos para os trabalhadores”, diz a empresa.
“Operado através de um tablet, o drone produz um mapa 3D em tempo real que identifica potenciais anomalias e facilita intervenções rápidas, reduzindo tempos de paragem e libertando técnicos para outras tarefas essenciais”, sublinha a JLR, em comunicado.
Nigel Blenkinsop, executive director of Industrial Operations, sublinha que esta abordagem é parte integrante da transformação das operações industriais: “À medida que transformamos as nossas instalações, estamos a repensar as nossas fábricas, incluindo a forma como as mantemos e operamos”.
Segundo diz, “projetos piloto como este, com tecnologia avançada de drones, estão a ajudar-nos a melhorar a segurança dos colaboradores, a reduzir o tempo de paragem para manutenção e a funcionar de forma mais eficiente”. E continua: “Igualmente importante, estão a ajudar a melhorar as competências do nosso pessoal nas mais recentes tecnologias digitais, garantindo que as nossas equipas integrem as nossas fábricas do futuro”.
Otimizar consumos
Equipada com sensores LiDAR, a aeronave emite impulsos de luz laser que permitem calcular distâncias e gerar mapas 3D detalhados dos ambientes da fábrica. “A integração de uma câmara térmica acrescenta capacidade de detetar zonas de sobreaquecimento ou falhas de isolamento, contribuindo para otimizar consumos energéticos e reforçando o compromisso da JLR com a redução das emissões operacionais”, explica a empresa.
Para alguns colaboradores, o projeto representa, também, uma oportunidade de evolução profissional. Shantnu Mehta, project engineer, destaca o impacto desta formação: “Nunca imaginei que estaria a aprender a pilotar drones como parte da minha função”.
E vai mais longe: “Tem sido emocionante aprender a utilizar esta tecnologia e as competências que desenvolvi vão acompanhar-me ao longo da minha carreira. Fazer parte de um projeto tão inovador e contribuir para a forma como estamos a transformar as nossas fábricas para o futuro, é algo de que me orgulho genuinamente”.
Reduzir erros
Após os resultados positivos em Wolverhampton, a próxima fase arrancará no Centro de Operações Logísticas (LOC), em Solihull, um espaço de armazenamento com 91 800 m², onde os drones passarão a realizar verificações de inventário com leitura automática de códigos de barras. O objetivo é substituir processos manuais, reduzir erros e permitir atualizações de stock mais rápidas e precisas.
A iniciativa integra o plano de investimento de 18 mil milhões de libras (cerca de 20,6 milões de euros) previsto para os cinco anos a partir do Ano Fiscal 2024, no âmbito do programa Open Innovation, e reforça, também, o programa Future Skills, que visa formar 29 mil trabalhadores em competências digitais e de eletrificação.
Mais sobre a Jaguar Land Rover aqui.