O CEiiA assinou um protocolo com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática para promover o desenvolvimento dos “mercados locais voluntários de carbono” no nosso país. Este projeto visa a elaboração de um ecossistema que incentive os consumidores e empresas a tomarem decisões que reduzam as emissões de CO2, criando, assim, créditos que podem ser comprados pelas empresas que ambicionam caminhar para a neutralidade carbónica.
A compra vai originar uma receita que poderá ser utilizada pelos municípios em atividades que também promovam uma economia verde, descarbonizada e circular, criando-se, assim, um círculo virtuoso, sendo todas estas transações registadas na plataforma tecnológica AYR.
“Acima de tudo consegue-se atribuir um valor financeiro às emissões evitadas pelo comportamento dos cidadãos, valor esse que será reinvestido na região em atividades relacionadas com economia verde. Este projeto irá, assim, contribuir para que Portugal possa atingir a neutralidade carbónica em 2050, estando alinhado com as ambições do Pacto Ecológico da União Europeia”
José Rui Felizardo
Presidente do CEiiA
Matosinhos será o primeiro município a implementar um piloto para a criação do mercado local voluntário de carbono. Piloto este que permitirá ao município interagir com os cidadãos e agentes económicos, encorajando-os e estimulando-os a adotarem comportamentos verdes, em troca de recompensas individuais.
De que forma? Através de descontos na aquisição de bens e serviços verdes, bem como de recompensas coletivas, graças ao bem-estar gerado que os créditos comprados podem originar com o investimento que pode ser feito no município em termos de economia verde.
Sabia que…
o CEiiA foi criado em 1999 com o objetivo de apoiar a competitividade da indústria automóvel portuguesa? E que, desde então, tem ampliado a sua atividade e está, agora, focado em aeronáutica, mobilidade urbana, automotivo, oceano e espaço?
Objetivos dos mercados locais voluntários de carbono
Objetivos dos mercados locais voluntários de carbono
• Contribuir para se atingir o compromisso de Portugal ser neutro em carbono em 2050
• Envolver os jovens, os cidadãos, empresas e os municípios a tomar decisões que promovam uma diminuição das emissões de CO2
• Definir o enquadramento necessário à criação de fundos locais de carbono, decorrentes do valor das compras dos créditos de carbono, que deverá ser investido em projetos que também contribuam para baixar as emissões de CO2
• Promover o desenvolvimento económico local através do estímulo da atividade das empresas associadas à cadeia de valor da economia verde e circular
• Incentivar as empresas que não conseguem eliminar por completo as suas emissões de CO2 a compensar as suas emissões comprando créditos de carbono
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