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“Internacionalização da feira permite expandir negócios e conectar com novas oportunidades”, frisa José Manuel Costa

Diretor da Kikai Eventos, entidade organizadora da feira, aborda crescimento exponencial da expoMECÂNICA, na última década, e destaca recorde da edição de 2024 em número de expositores e empresas internacionais.
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Check-up Media José Manuel Costa

Dez anos se passaram desde a criação da Kikai Eventos, entidade organizadora da expoMECÂNICA, o maior evento dedicado ao aftermarket automóvel nacional e que, cada vez mais, marca, também, a agenda do setor no campo internacional.

Para quem viveu esta caminhada, desde o início, esta década parece mais uma “existência inteira”, tantos foram os “desafios, as conquistas e a aprendizagem”, como confessa José Manuel Costa, diretor da feira, em entrevista ao Check-up.

Segundo explica, a expoMECÂNICA tem conseguido afirmar-se além-fronteiras, como prova o recorde absoluto da edição de 2024 no que diz respeito a empresas internacionais e número de expositores.

Por tudo isto, quando abrirem as portas da Exponor, no próximo dia 8 de novembro (o evento decorrerá até dia 10), apesar de toda a agitação e de tantos quilómetros percorridos para se certificar de que tudo está em condições – e que ninguém ficará sem uma resposta – José Manuel Costa sentirá um enorme “orgulho e gratidão por tudo o que foi construído e pelo que ainda está por vir”.

Na edição de 2024 da expoMECÂNICA, cumprem-se 10 anos sobre a criação da Kikai Eventos. Parece que foi ontem ou há 100 anos?

A sensação é de que o tempo passou rápido. Mas a experiência e a evolução alcançadas, neste período, faz com que pareça que já se passaram muitos anos. Tem sido uma jornada intensa, cheia de aprendizagem e de crescimento para todos nós.

Check-up Media José Manuel Costa Sónia Rodrigues

Dez anos passaram rapidamente, mas, ao mesmo tempo, enfrentámos muitos desafios que nos deram a sensação de que já vivemos um século nesse setor. Olhando para trás, percebemos o quanto construímos e o quanto crescemos.

Como avalias a evolução do setor automóvel, em geral, e do aftermarket, em particular, nesta década de existência da Kikai Eventos, sobretudo, a partir da realização da primeira edição da feira?

O setor automóvel evoluiu significativamente, especialmente em tecnologia e sustentabilidade. O aftermarket também se desenvolveu, adaptando-se às novas exigências do mercado e aproveitando as inovações para oferecer melhores serviços e produtos.

Na última década, o setor automóvel viu avanços significativos, especialmente na digitalização, mobilidade elétrica e na crescente importância da sustentabilidade.

No segmento do aftermarket, houve um aumento na procura por serviços de reparação e manutenção, acompanhado de uma maior complexidade tecnológica dos veículos e uma diversificação de produtos e serviços.

Quais as principais novidades que os visitantes podem esperar da edição de 2024 em comparação com as anteriores?

Esperamos trazer mais interatividade, novas tecnologias, uma diversidade de expositores e produtos inovadores que refletem as últimas tendências do setor. Ao mesmo tempo, apresentaremos um livro sobre a “História da Reparação Automóvel” e um espaço da Oficina do Futuro.

“Na última década, o setor automóvel viu avanços significativos, especialmente na digitalização, mobilidade elétrica e na crescente importância da sustentabilidade”

A seis meses da abertura de portas, já 80% da área de exposição estava ocupada e 36 novas empresas estreantes. Como está a organização a gerir o crescente interesse dos expositores?

Hoje, estamos com 90% dos espaços vendidos e seguros que teremos casa-cheia. Desde logo, com muitos novos expositores e mais países representados. Estamos a trabalhar em estreita colaboração com os expositores para garantir que as suas necessidades sejam atendidas, oferecendo apoio personalizado e espaços bem planeados para maximizar a experiência de todos.

Que ferramentas tecnológicas estão a utilizar para tornar a comunicação do evento mais interativa?

Continuamos a apostar na plataforma de MatchMaking, networking online, que, a um custo muito baixo, faz o agendamento de reuniões antes da feira e a criação de uma infinidade de marketplaces, tantos quantos os expositores aderentes, que, em 2023, foram mais de 50 empresas.

Implementámos, no passado, o catálogo oficial eletrónico, sem utilização do papel. No passado do mês de setembro, foi implementado um arrojado plano de comunicação através das redes sociais, para interação contínua antes, durante e após o evento.

Com a participação recorde de empresas estrangeiras, quais consideras serem os fatores que têm atraído mais expositores internacionais, especialmente de Espanha?

O nosso foco na qualidade do evento, a sua reputação crescente e a capacidade de conectar expositores a compradores do mercado português e ibérico, mas, aos poucos, também europeu, têm sido fatores muito atraentes para empresas internacionais, especialmente de Espanha. Estão contabilizadas já 80 empresas internacionais de 12 países.

O aumento de 10% da área de exposição reflete uma maior diversificação de produtos e serviços?

Por um lado, uma crescente procura pelo mercado português e a feira como canal, mas, ao mesmo tempo, esse aumento indica um crescimento na diversidade de produtos e serviços que as empresas estão dispostas a oferecer, o que, por sua vez, enriquece a experiência dos visitantes.

Qual é a expectativa em termos de número de visitantes para a edição de 2024? Existe uma meta específica a ser alcançada?

Esperamos uma afluência de visitantes semelhante à da edição anterior, cujo registo de mais de 19 mil visitantes foi extraordinário. Mesmo com tão elevada fasquia, temos sempre como um objetivo específico alcançar um público mais amplo, tanto nacional quanto internacional.

A forte adesão dos players do setor é evidente. Mas quais são os principais desafios na organização de um evento desta dimensão?

Os principais desafios incluem a logística de coordenação de tantos expositores e visitantes, assegurar a qualidade do evento e adaptar-nos, rapidamente, às necessidades do mercado em constante mudança. Mas, acima de tudo, a satisfação de todos os envolvidos na expoMECÂNICA.

Existe alguma área dentro do aftermarket automóvel independente que tenha evidenciado um crescimento particularmente notável nas últimas edições?

Sim, temos observado um crescimento significativo nas áreas de peças e componentes eletrónicos. Mais recentemente, de soluções de mobilidade sustentável.

Check-up Media José Manuel Costa 2
Como tem sido a reação das empresas em relação à crescente internacionalização do evento?

A reação tem sido muito positiva. As empresas veem isso como uma oportunidade, não apenas para expandirem os seus negócios, mas, também, para se conectarem com novas oportunidades dentro da própria feira.

Quais as principais tendências que a organização espera ver refletidas nos produtos e serviços expostos em 2024?

Esperamos ver uma forte presença de tecnologias de veículos elétricos, soluções de digitalização e inovação em automação.

Como promoveu a Kikai Eventos a feira para atrair ainda mais visitantes e expositores, tanto nacionais como internacionais?

Utilizámos campanhas de marketing digital, feiras de negócios e parcerias com associações da indústria para aumentar a visibilidade do evento e atrair um público diversificado.

E, em termos internacionais, estamos presentes em revistas de Itália e Turquia, mas com muito mais força em Espanha, onde asseguramos publicidade e a componente editorial em praticamente todos os meios de comunicação especializados.

“Esperamos uma afluência de visitantes semelhante à da edição anterior, cujo registo de mais de 19 mil visitantes foi extraordinário”

Qual é o papel da expoMECÂNICA no contexto do aftermarket automóvel internacional? Ainda há caminho a percorrer neste sentido?

A expoMECÂNICA está a consolidar-se como um importante ponto de encontro para os profissionais do setor automóvel, ajudando a fortalecer laços internacionais, embora ainda haja espaço para expansão e maior reconhecimento global.

Apesar de Portugal ser um país periférico, a componente internacional, tanto de expositores como de visitantes, tem crescido lentamente, é certo, mas de forma consolidada.

Qual será a primeira coisa em que pensarás quando abrires as portas desta edição?

Provavelmente, será um sentimento de orgulho de ver todo o nosso trabalho árduo, culminando num evento que une pessoas, inovações e oportunidades no setor automóvel. Ao mesmo tempo, será de gratidão pelos parceiros e expositores que acreditaram no evento. E de entusiasmo pelo que está por vir.

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